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Papo Reto: Projeto da UFMS mapea cidade com focos da dengue

Objetivo é criar uma estratégia para combater o avanço das doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti

Casos de maior incidência estão sendo registrados na região Sul de Três Lagoas. - Foto: Reprodução/TVC
Casos de maior incidência estão sendo registrados na região Sul de Três Lagoas. - Foto: Reprodução/TVC

Em 2023, um projeto da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), campus de Três Lagoas, realizou o primeiro mapeamento da dengue no munícipio. Na época, sete bairros apresentaram maior incidência. Nesta quarta-feira (29), no quadro "Papo Reto", do programa TVC Agora, o professor de geografia Mauro Henrique Soares, um dos orientadores do projeto, compartilhou informações sobre.

O objetivo do projeto é criar uma estratégia para combater o avanço das doenças causadas pelo mosquito da dengue. De acordo com Soares, embora haja menos casos no início deste ano em comparação com 2023, isso não indica uma situação tranquila. Ele destacou que a frequência de chuva foi maior no ano passado durante os meses de janeiro e fevereiro, o que impacta na proliferação do mosquito Aedes aegypt.

O professor explicou que o pico de incidência da dengue, em Três Lagoas, tende a ocorrer nos meses de março, abril e maio, devido ao aumento da chuva e precipitação durante o verão.

O mesmo projeto já foi aplicado durante a pandemia da Covid-19, em 2020. Naquela época foi possível saber em quais locais mais concentravam pessoas acometidas pela doença e onde deveriam ser reforçadas as medidas de segurança sanitária, fornecendo as informações para a Prefeitura de Três Lagoas.

A Secretaria de Saúde (SMS) do município colabora fornecendo dados para o projeto, que já está em andamento com base nos casos notificados. No ano passado, a região Sul de Três Lagoas foi a mais afetada pelo mosquito Aedes aegypti, com unidades básicas de saúde nos bairros Jardim Maristela, Vila Haro, Parque São Carlos e Novo Oeste registrando altas incidências.

Já na região Norte, as unidades de saúde nos bairros Paranapungá e Santo André mostraram variações na incidência da doença, mas causava preocupação a cada novo dado revelado.

As áreas de maior incidência recebem uma marcação com coloração vermelha no mapeamento, por isso, o resultado principal é chamado de mapa de calor.

Este ano, os casos de maior incidência estão sendo registrados novamente na região Sul de Três Lagoas. Soares orienta a importância dos cuidados após dias de chuva, especialmente no quintal de casa, onde locais propícios para a proliferação do mosquito da dengue, como vasos de plantas e bebedouros de animais domésticos, requerem atenção especial.

O professor ressaltou a importância da educação como uma ferramenta fundamental na prevenção da doença. Ele enfatizou a importância das campanhas de conscientização realizadas pela prefeitura, tanto na comunidade em geral quanto nas escolas, considerando que a maioria das pessoas afetadas já não está mais no ambiente escolar.

Confira a entrevista abaixo: