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Três Lagoas registra déficit na cobertura vacinal de gestantes há 3 anos, diz Saúde

O imunizante é recomendado a gestantes, puérperas e profissionais da saúde e protege contra coqueluche, difteria e tétano

Cobertura de meta vacinal não é atingida desde 2022 em Três Lagoas. - Foto: Reprodução/Agência Brasil
Cobertura de meta vacinal não é atingida desde 2022 em Três Lagoas. - Foto: Reprodução/Agência Brasil

Desde o ano de 2022, o município de Três Lagoas não atinge a meta de imunização da vacina tríplice bacteriana acelular tipo adulto (dTpa), que protege contra a coqueluche, difteria e o tétano. Segundo dados do setor de Imunizações, naquele ano, a cobertura vacinal atingiu 53,4%; em 2023, subiu para 83%; e no ano de 2024, o índice ainda se mantém em 41,7%. A meta estipulada pelo Ministério da Saúde é de 90%.

A vacina dTpa é recomendada a gestantes, puérperas e profissionais da área da saúde. A aplicação é essencial para a proteção da gravidez e deve ocorrer durante o período de acompanhamento do pré-natal, após 20 semanas de gestação. Mesmo quem já tenha tomado durante outras gestações, deve passar pela reaplicação da dose única.

O imunizante só é aplicado durante o puerpério,  quando a gestante não tomou a vacina no período recomendado. E a aplicação deve ocorrer o mais rápido possível após o nascimento do bebê.
Segundo a ginecologista e obstetra, Daiana Melo, tanto as gestantes quanto os recém-nascidos apresentam baixa imunidade, o que os deixam mais vulneráveis à vários tipos de infecções. “A vacina vai proteger a gestante e também vai oferecer imunidade ao bebê, através da placenta. Porque essas doenças que a vacina protege são de uma gravidade muito relevante e podem causar complicações ao bebê, quando nasce. A mãe tem um papel fundamental, porque vai ajudar a produzir os anticorpos e proteger o feto durante a gestação.”

A coqueluche é causada por uma bactéria altamente contagiosa, que se propaga pelas vias respiratórias, causando tosse seca, forte e longa. A contaminação se dá pelas vias aéreas, por meio de gotículas de espirro, tosse ou da fala de alguém contaminado. A infecção é agravada quando ocorre em bebês e crianças desprotegidas, podendo levar a morte.

A difteria é causada por uma bactéria que contamina as vias respiratórias, sendo mais propícia em períodos de tempo seco, frio e com baixa umidade. A transmissão pode ocorrer pela pessoa contaminada, seja pela tosse, espirro ou lesões na pele. Mas, também há casos em que o microrganismo se hospeda no portador e não manifesta sintomas. A doença pode causar dor e inchaço na garganta, palidez, febre e mal estar geral, podendo levar a complicações mais graves.

O tétano é uma bactéria, que pode causar uma infecção aguda grave ao entrar em contato através de ferimentos ou lesões na pele. A doença pode causar uma tensão muscular geral, com contrações e rigidez progressiva, podendo causar problemas para engolir e até a falta de ar e causar até a morte. Em crianças desprotegidas, a infecção pode decorrer da contaminação do cordão umbilical do recém-nascido, causando dores e contrações.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, não há registros recentes das doenças, mas a baixa cobertura vacinal acende alerta.