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Ufn3

Empresa fará avaliação do que falta para retomada da UFN 3

Projeto para retomada das obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobras, em Três Lagoas, apresenta avanço

Empresa será contratada para avaliar equipamentos e serviços necessários para a conclusão da fábrica.
Empresa será contratada para avaliar equipamentos e serviços necessários para a conclusão da fábrica.

A Petrobras lançou em dezembro edital de licitação para contratar serviços de avaliação para conclusão das obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN3), localizada em Três Lagoas. O processo prevê a aquisição de serviços de levantamento quantitativo para a elaboração da lista de materiais, equipamentos e serviços restantes necessários para a conclusão da unidade. A informação foi dada pela estatal ao secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

“É um avanço importante no compromisso assumido pela Petrobras após o anúncio da retomada da obra. Essa é uma fase fundamental, de quantificação, levantamento de custo e redefinição de cronograma. Recebemos essa informação com muito otimismo. Junto com o governador Eduardo Riedel, nos reunimos com a presidência da estatal no ano passado e ressaltamos a importância estratégica desse empreendimento para a economia sul-mato-grossense”, comentou Jaime Verruck.

De acordo com o edital aberto pela Petrobras em 22 de dezembro de 2023, também está prevista a contratação para análise de modelos 3D, análise da documentação técnica existente, levantamento de campo, avaliação qualitativa de itens montados e armazenados, elaboração de planilhas quantitativas, marcação de documentos de projeto e registro de informações no Sistema Mecanizado de Estimativa de Custos (SMEC) da Petrobras. Os detalhes da licitação estão disponíveis no site de compras da Petrobras, Petronect, sob o ID 7004233319.

O prazo para o envio das propostas comerciais estará em vigor até 31 de janeiro de 2024. No mês passado também a Petrobras aditivou contrato com YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) para o fornecimento de 20 milhões de m³ por dia, de gás natural ao Brasil. Com isso, a estatal garante possível fornecimento de gás para a UFN3. O contrato tem validade de dois anos e volume suficiente para atender as demandas de gás de Mato Grosso do Sul. Quando ativa, a UFN3 deve consumir 2,260 milhões de m³ por dia do combustível.

A Companhia de Gás de MS (MSGÁS) será a responsável pela distribuição do gás da Bolívia para a UFN3. O aumento na compra de gás também vai potencializar o uso do gasoduto e a arrecadação de ICMS no Estado. 

UFN 3

A construção da UFN3 teve início em 2011 e foi paralisada em dezembro de 2014 com 81% de conclusão. Em 2017, a estatal colocou a fábrica à venda e disse que não tinha mais o interesse em continuar no segmento de fertilizantes, mas na revisão do Plano de Investimentos, no final do ano passado, voltou a colocar produtos petroquímicos e fertilizantes como prioridade.

Uma empresa russa chegou a manifestar interesse na compra da fábrica. Negociações foram iniciadas, mas não concluídas porque o Plano de Negócios proposto pelo potencial comprador seria o de adequá-la a uma indústria misturadora de fertilizantes.

A fábrica de fertilizantes foi projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural, fazendo a separação e os transformando em 3.600 toneladas de ureia e outras 2.200 toneladas de amônia por dia.