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Intenção de Consumo das Famílias cresce, mas ainda está abaixo do grau satisfatório

Levantamento ouviu 500 famílias divididas em dois grupos com renda até 10 salários mínimos e acima desse patamar

Foram entrevistadas 500 famílias em Campo Grande que apontaram a ICF em grau insatisfatório - Agência Brasil/Arquivo
Foram entrevistadas 500 famílias em Campo Grande que apontaram a ICF em grau insatisfatório - Agência Brasil/Arquivo

AIntenção de Consumo das Famílias (ICF) campo-grandense atingiu 96,1 pontos no último mês. O indicador divulgado nesta quarta-feira (3) é resultado de uma pesquisa mensal realizada pela Confederação Nacional do Comércio, por meio da Fecomércio-MS, para medir o grau de satisfação (acima de 100 pontos) e de insatisfação dos consumidores (até 99 pontos), como forma de antecipar o potencial de vendas do setor.

Foram entrevistadas 500 famílias em Campo Grande que apontaram a ICF em grau insatisfatório, mas esse é o melhor indicador dos últimos quatro meses. Desde abril de 2020, a pontuação na capital sul-mato-grossense permanece abaixo dos 100 pontos, mas, neste mês de julho, o desempenho foi bem superior ao de julho de 2021, quando o indicador ficou em 84,8 pontos, além de estar acima da atual média nacional, que ficou em 80,7 pontos.

De acordo com a economista da Fecomércio-MS, Regiane Dedé de Oliveira, as famílias campo-grandenses pretendem aumentar o consumo neste segundo semestre e isso se deve a alguns fatores. Entre eles a queda no preço de itens básicos, como a gasolina e a energia elétrica. “Essa economia principalmente no combustível ela reflete no comércio de uma forma geral,” explica Regiane.  

A pesquisa de Intenção de Compras das Famílias investiga junto aos consumidores as avaliações que eles fazem sobre sete itens: emprego atual, perspectiva profissional, renda atual, facilidade de compra a prazo, nível de consumo atual, perspectiva de consumo no curto prazo e oportunidade para compra de bens duráveis. 

Todas as avaliações podem ser analisadas separadamente e também de forma segmentada em dois níveis de renda, para quem ganha até 10 salários mínimos e para quem ganha acima desse valor.  

O que chama a atenção nos resultados das entrevistas é que a maioria das famílias com renda até 10 salários mínimos (71,2%) não vê o atual momento da economia como bom para a compra de bens duráveis. Metade dessas famílias (50,9 %) também disse que teve queda no consumo, na comparação com o ano passado.

Já 27% das famílias com renda acima de 10 salários mínimos, afirmaram que reduziram o consumo neste ano e 53% disseram que este não é um bom momento para a compra de bens duráveis.

Sobre a perspectiva profissional, a maioria informou que vê os próximos seis meses de forma positiva. O indicador das famílias do grupo com renda até 10 salários mínimos foi de 60,1% para os que acreditam em uma melhora profissional a curto prazo. Já para as família com renda acima de 10 salários mínimos, essa pontuação foi de 57%.

O ICF tem como foco absoluto a avaliação que as famílias fazem exclusivamente sobre os aspectos que envolvem o seu orçamento doméstico e seu nível de consumo, presente e de curto prazo.

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