Três Lagoas tem registrado nos últimos meses, várias ocorrências de furtos e roubos na área rural, o que tem gerado preocupação por parte dos produtores rurais, que convivem diariamente com o medo das ações dos criminosos. Para se ter uma ideia da situação, de janeiro a agosto deste ano, mais de 12 furtos foram registrados em propriedades na região.
Como é o caso do produtor rural, Nasser Moreira, que teve o seu sítio invadido por ladrões. Segundo ele, após a visita indesejada, o prejuízo deixado foi grande.
“Eu já sofri sete furtos nesta propriedade. Ele vem e matam meus animais e levam tudo, e deixam apenas algumas partes, como o couro. Além disso, levaram uma porteira de aço, por isso, fui obrigado a instalar um colchete de arame”, lamentou.
Pensando em gerar mais segurança para o homem do campo, o 2º Batalhão de Polícia Militar de Três Lagoas criou a patrulha rural. Há dois anos, a guarnição atua com o patrulhamento ostensivo nas áreas rurais da cidade e a tecnologia serve como aliado. Os militares criaram um grupo de WhatsApp onde mantêm contato com os proprietários de sítios e fazendas. Caso algo suspeito seja avistado, uma mensagem é enviada imediatamente para a equipe de patrulhamento. Nasser destacou que após a criação do grupo, houve uma diminuição nos casos de abigeatos (que é o roubo de gado) na sua propriedade. Uma sensação de segurança a mais, para aqueles proprietários que tem a suas propriedades mais afastadas da cidade.
“Nós temos um grupo, no qual estamos conectados diretamente com os militares. Então diante das suspeitas que temos, entramos em contato com de forma direta. Se eles tiverem disponibilidade de viatura, vão até o local suspeito. Isso trouxe mais segurança para nós do campo, pois hoje sabemos em qual instituição se apoiar. Além disso, durante o patrulhamento eles nos mandam foto do local onde estão e, por esse motivo, sabemos se estão próximos ou longe”, salientou.
De acordo com o secretário adjunto de Estado de Justiça e Segurança Pública, Ary Carlos Barbosa, cada batalhão possui três equipes distribuídas em escalas, que se desdobram para realizar o acompanhamento mais próximo aos proprietários rurais, fortalecendo o vínculo entre o produtor rural e a Polícia Militar.
“Hoje o policial é um integrante desta comunidade, pois ele conhece o proprietário, os familiares, os trabalhadores, entre outras pessoas que circulam por essas regiões. Esses moradores estão longe do centro das cidades e precisam desse apoio”, concluiu.
