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'Virei uma mãe leoa em busca de inclusão e igualdade para minha filha'

Síndrome de Down é causada por uma terceira cópia do cromossomo 21 em todas as células do organismo humano

Síndrome de Down é causada por uma terceira cópia do cromossomo 21 em todas as células do organismo humano - Reprodução TVC/HD
Síndrome de Down é causada por uma terceira cópia do cromossomo 21 em todas as células do organismo humano - Reprodução TVC/HD

No próximo dia 21 de março é celebrado o dia da Síndrome de Down e marca a luta que pais e mães travam com a sociedade de forma geral em busca de inclusão e igualdade para seus filhos. 
Em todo o Brasil, a cada 700 nascimentos, estima-se que, pelo menos, um bebê carregue consigo a síndrome que consiste na presença de uma terceira cópia do cromossomo 21 em todas as células do organismo. No mundo inteiro a incidência é de um em cada mil nascidos. 

Atualmente a Síndrome de Down é a primeira causa conhecida de incapacidade intelectual e representa aproximadamente 25% de todos os casos de atraso de intelecto. 

A confeiteira Kellen Noadia sabem bem o que é conviver com esta informação há pelo menos oito anos. Ela é mãe de Maria Fernanda, que é portadora da síndrome. A notícia lhe foi dada ainda durante a gestação, quando estava com 10 semanas. “Meu médico desconfiou do resultado de um exame e pediu que procurasse uma geneticista. Fiz mais alguns exames e descobri que ela nasceria com alguma síndrome, mas ainda não sabia qual”. 

A trissomia do cromossomo 21 só foi confirmada depois do nascimento. Kellen já havia sofrido três abortos antes da gestação de Maria Fernanda e foi bastante difícil aceitar o diagnóstico. “Eu passei por um momento de luto, não queria aceitar. Conversei com muitos pais na mesma situação e percebi que todos, de certa forma, passaram pelo mesmo processo”. 

A confeiteira diz que havia lido bastante sobre o assunto e seu comportamento mudou em pouco tempo. “Eu me transformei em uma leoa, passei a aceitar e acolher minha filha. Não queria que ela fosse tratada de forma diferente somente por causa da síndrome. Eu passei a lutar para que a vissem igual e sabia que não iria aceitar nenhuma forma de discriminação”. 

Mas Kellen fala também que a sociedade evoluiu muito e hoje em dia a mentalidade das pessoas mudou. Maria Fernanda estuda em uma escola regular e a mãe garante que sempre lhe deu autonomia para desempenhar tarefas simples do dia dia que, antigamente, muitos acreditavam que os portadores da síndrome não conseguiriam cumprir. “É só o tempo dela que é diferente. Nunca concordei com uma criança educada sem limites e se ela faz alguma coisa errada é repreendida da mesma forma como qualquer criança”. 

Confira a reportagem completa: