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Trabalho

Três Lagoas realiza ações na  Operação Maria da Penha

Dados do Ministério da Justiça aponta, que mais de 1.300 vítimas de Feminicídios do ano passado

Segundo o Ministério da Justiça, qualquer suspeita de violação dos direitos da mulher deve ser registrada na delegacia mais próxima - Agência Brasil/Arquivo
Segundo o Ministério da Justiça, qualquer suspeita de violação dos direitos da mulher deve ser registrada na delegacia mais próxima - Agência Brasil/Arquivo

Uma mulher é assassinada a cada sete horas no Brasil pelo fato de ser mulher. Para reverter os dados do último levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que aponta mais de 1.300 vítimas de feminicídio do ano passado, é que o Ministério da Justiça realizará em todo o país neste mês de Setembro a segunda edição da Operação Maria da Penha. 

Segundo a coordenadora do Programa Mulher Segura (Promuse),  em Três Lagoas, cabo Selma de Souza, no Estado já estão sendo feitas ações. Em Três Lagoas, o trabalho será realizado entre os dias 12 e 17 deste mês. “Iremos ter palestras, cumprimento de mandados, caso eles sejam expedidos, entre outras ações. Nossa intenção é combater a violência contra a mulher orientando as possíveis vítimas. Além disso, iremos ouvir os relatos dela e tentar identificar uma possível agressão, seja ela física, financeira e psicológica. 

Três Lagoas registrou, de janeiro a junho deste ano, 714 casos de agressões contra as mulheres. Já no mesmo período de 2021, foram registrados 617 casos. Um aumento de 15,23%, de acordo com dados repassados pela delegada titular da Delegacia de Atendimento à Mulher de Três Lagoas (DAM-TL), Letícia Mobis.

Já em relação às medidas protetivas, conforme dados repassados pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), houve um aumento de 23,15%. Em 2021 foram expedidas 203 determinações, neste ano, 250. 

Campanha

Segundo o Ministério da Justiça, qualquer suspeita de violação dos direitos da mulher deve ser registrada na delegacia mais próxima ou pelo telefone 180, na Central da Mulher; e também pelos números 190 ou 193.

O Conselho Nacional de Justiça mostra que 90% dos pedidos de medida protetiva são atendidos pelo sistema Judiciário, mas em 30% dos casos, elas são concedidas somente 48 horas após solicitadas, conforme prazo estipulado pela Lei Maria da Penha.
De acordo com o Ministério da Justiça, os policiais civis e militares vão atuar prevenindo e repreendendo qualquer forma de agressão contra a mulher. As formas de violência podem ser física, psicológica, sexual, patrimonial e moral.