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Boletim

Sobe para 4 o número de moradores diagnosticados com varíola dos macacos em Três Lagoas

Os casos foram confirmados pelo boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde

Os casos foram confirmados pelo informe epidemiológico do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. - Divulgação/Assessoria
Os casos foram confirmados pelo informe epidemiológico do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. - Divulgação/Assessoria

Nesta quinta-feira (15), Três Lagoas registrou mais três casos positivos da varíola dos macacos, de acordo com o novo boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde. Trata-se de uma moradora, de 26 anos, um morador de 44 e outro homem, de 38. O quarto caso foi registrado no mês de agosto, sendo um homem de 32 anos.

De acordo com o boletim da Saúde, Mato Grosso do Sul está com 80 casos confirmados da doença, dentre esses, 51 moradores já foram curados. Há 33 casos ativos e quatro casos prováveis.

Ainda de acordo com as informações, 89,3% dos casos confirmados são do sexo masculino, e 10,7% são do sexo feminino.

Sobre a doença

A Monkeypox é uma doença causada pelo vírus do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. Embora seja conhecido por causar a “varíola de macacos” ou “varíola símia”, é um vírus que infecta roedores na África. Porém, os macacos são, provavelmente, hospedeiros acidentais, assim como o ser humano.

Além disso, devido a um momento que ocorreu casos isolados em macacos na natureza, o nome foi de feito erroneamente. A identificação pela primeira vez nessas condições ocorreu em 1958 em um surto da doença em macacos de cativeiro usados em pesquisa. Em 1970, o primeiro surto em humanos foi relatado na África.

Precauções e orientações

O vírus é transmitido pelo contato físico (sexual ou não), gotículas de saliva direta entre indivíduos ou sobre superfícies, bem como pelo ar e, por isso, as orientações de prevenção são basicamente as mesmas das adotadas contra a covid-19, ou seja, uso de máscaras de proteção facial (no mínimo cirúrgicas de camada tripla), higienizar as mãos, superfícies e objetos de uso comum com álcool em gel 70%.

Além disso, o Ministério da Saúde, assim como a Organização Mundial da Saúde (OMS), recomenda que as pessoas evitem terem diversos parceiros sexuais, algo que amplia as possibilidades de transmissão e contágio pela doença.

Onde buscar atendimento?

A orientação atual é que caso alguém apresente os sintomas característicos da doença, procure atendimento em uma Unidade de Saúde (Veja a lista aqui) de segunda à sexta-feira das 7h às 17h ou nas Unidade de Saúde na Hora das 7h às 19h e, aos finais de semana, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA24h).

São Unidade de Saúde na Hora: Santo André, Atenas, Santa Rita, Vila Haro, Paranapungá, Jardim Maristela, Vila Piloto, Interlagos, São Carlos e Vila Nova.

Quais os sintomas comuns?

De acordo com artigo recente publicado no periódico British Medical Journal, que levou em consideração o acompanhamento de 197 pacientes que testaram positivo para o vírus na cidade de Londres, no Reino Unido, todos os participantes tiveram lesões na pele ou na mucosa (na parede interna da boca ou do ânus, por exemplo).

Além disso, em 56% dos casos essas feridas apareceram nos genitais e em 41% elas foram observadas no ânus, 61% dos pacientes tiveram febre, 57% apresentaram inchaço dos gânglios linfáticos, 31% se queixaram de dor muscular e 13% tiveram apenas as lesões, sem febre ou outros sintomas.

Outros sintomas comuns foram dor no reto (acometeu 36% dos participantes), dor de garganta (16%) e inchaço ou vermelhidão no pênis (15%).