A Rádio CBN Campo Grande recebe André Puccinelli (MDB) nesta quarta-feira (21), sendo o quinto entrevistado na rodada com candidatos ao governo de Mato Grosso do Sul. Em relação a reclamação de produtores sobre a demora na liberação de licenças pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), o ex-governador disse que instituirá um prazo para a obtenção das licenças, sejam elas prévias, de instalação ou de operação.
“Não se pode ter dois anos para a liberação de uma licença de limpeza de pasto por ineficiência do poder público. Eu instituirei prazos, que sejam elásticos o suficiente, mas que sejam compreensíveis e melhor do que isso, que façam com que o desenvolvimento seja rápido, com preservação. Haverá prazos no Imasul, não cumpriu o prazo, alguém vai responder”, destacou.
Sobre as ferrovias, que André inclusive retirou os trilhos enquanto prefeito da capital, por causarem muitos acidentes no centro da cidade, o candidato do MDB pontuou que para a recuperação da ferrovia existente, de Corumbá até Bauru, seriam necessários três anos de trabalho e R$ 4 bilhões em investimentos.
André destacou que é necessário fazer uma engenharia econômica-financeira no setor, afim de recuperar um modal importante para o desenvolvimento do estado, principalmente ligando Porto Murtinho, Maracaju, Dourados, Mundo Novo, Cascavel e Guarapuava, adentrando no estado do Paraná.
“E não andar numa velocidade nos trens de 12 a 15 km/h e andar sim a 60 a 70 km/h. Ainda concertando também o ramal de Campo Grande a Ponta Porã. Se nós recuperarmos essa ferrovia temos que tentar esforços (dos) Estados, Governo Federal e principalmente iniciativa privada, porque as ferrovias funcionam quando se tem o que transportar por muito tempo”, pontuou.
Confira a entrevista:
Sobre
Aos 74 anos, Puccinelli tem dupla cidadania, pois nasceu na Itália em Viareggio, veio para o Brasil aos 7 meses de vida e forjou uma longa estrada na política sul-mato-grossense, começando em Fátima do Sul, pouco depois de se formar médico.
Casaco, com três filhos, o político é filiado ao MDB desde 1979, foi governador por dois mandatos consecutivos, passando antes pelos cargos de secretário estadual de saúde, deputado estadual por dois mandatos, deputado federal, cargo renunciado para disputar as eleições à prefeitura de Campo Grande, vencendo e posteriormente sendo reeleito.
