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Eleições 2022

Jovem preso por vandalismo em urna está na Superintendência da Polícia Federal

Conforme o juiz responsável pelo caso o campo-grandense de 22 anos será indiciado por crime eleitoral

Conforme o juiz responsável pelo caso o campo-grandense de 22 anos será indiciado por crime eleitoral - Foto: Isabelly Melo/CBN CG
Conforme o juiz responsável pelo caso o campo-grandense de 22 anos será indiciado por crime eleitoral - Foto: Isabelly Melo/CBN CG

Identificado como Gabriel Scherer da Costa, o jovem de 22 anos preso em Campo Grande por aplicar "super cola" no teclado de uma urna eletrônica, será indiciado por crime eleitoral conforme Luís Felipe Medeiros, juiz eleitoral da 8ª Zona Eleitoral em Campo Grande.

Luís Felipe Medeiros, juiz eleitoral da 8ª Zona Eleitoral na capital

“É um crime eleitoral, cuja a pena é de cinco a 10 anos de reclusão e não cabe fiança”, ressaltou Medeiros. O magistrado informou ainda que não há, ainda, uma data exata para a realização da audiência de custódia.

À Rádio CBN Campo Grande, o juiz contou como foi feita a identificação e prisão de Gabriel. “Imediatamente o presidente da sessão acionou a justiça eleitoral, fomos até o local, substituímos a urna, identificamos o eleitor, com o cadastro dele e endereço a polícia federal foi acionada, fomos até a casa desse eleitor, onde ele foi identificado, confessou a prática do delito e foi preso em flagrante”, detalhou.

Joaquim Soares, advogado do acusado

Joaquim Soares de Oliveira, advogado do jovem, disse que o ato de vandalismo e crime eleitoral praticado pelo cliente foi um “protesto”. Ele revelou ainda que Gabriel ainda não foi ouvido pelo delegado, que após ser ouvido será definida a linha de defesa e a data para audiência de custódia.

“É um menino de 23 anos que perdeu o pai, que morreu na pandemia, fez algum tratamento psicológico e tentou fazer um protesto pela situação do país. Ele vai responder pelo crime que for tipificado, crime eleitoral ou criminal. Ele vai ficar aqui até terça-feira, pra audiência de custódia”, informou.

O caso

Gabriel votou em uma das seções eleitorais instaladas na Faculdade Estácio de Sá, no Jardim TV Morena, em Campo Grande. Ele chegou para votar usando casaco com capuz e máscara facial. Após ser identificado, se dirigiu para a cabine de votação e logo depois saiu do loca. O problema só foi descoberto quando o próximo eleitor da fila chegou à cabine e encontrou a urna danificada.

As Polícias Militar e Federal foram acionadas e saíram à procura do eleitor que acabou preso, em casa, por crime eleitoral. A urna eletrônica danificada será periciada. A Justiça Eleitoral substituiu a urna e a votação na seção foi retomada meia hora depois.

Até agora outras 12 urnas foram substituídas no estado por apresentar problemas nos municípios de Dourados, Aparecida do Taboado, Juti, Maracaju, Nova Andradina, Pedro Gomes, Ponta Porã e Sonora.