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Justificativa

'Eu não vendi meu voto', diz homem que filmou momento da votação em Três Lagoas

Em nova entrevista ao JPNews, ele afirmou que ficou com receio de que os números digitados não correspondessem com os dos candidatos de preferência

Eleitor explicou que não tomou a atitude pelo fato de "vender o voto" - Reprodução/Facebook
Eleitor explicou que não tomou a atitude pelo fato de "vender o voto" - Reprodução/Facebook

Homem que filmou momento da votação concedeu entrevista exclusiva ao JPNews, na tarde deste domingo (2), em Três Lagoas. Segundo o eleitor, que não quis se identificar, a atitude não foi para vender o voto, mas sim para garantir o registro de algum eventual problema com o equipamento. 

"Eu não sabia que não poderia filmar, pois na última eleição eu vi vários relatos de pessoas filmando a votação e acontecendo problemas com as urnas. Como minha seção foi trocada e eu não sabia, eu decidi fazer o registro para flagrar uma eventual fraude, mas não ocorreu e, por esse motivo, eu decidi divulgar o vídeo", alegou. 

Além disso, ele explicou que não tomou a atitude pelo fato de "vender o voto", pois ele sabe da importância desse ato de cidadania. "Nunca venderia, pois o meu voto sempre foi consciente. Eu nunca fui adepto do voto de cabresto, essa nunca foi a minha escolha", finalizou.

Questionado pela reportagem sobre o caso, o promotor de Justiça do Núcleo Eleitoral do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), Moisés Casarotto, afirmou que o eleitor será identificado e indiciado por crime eleitoral. A pena, de dois anos, poderá ser revertida em trabalhos sociais. 

Norma

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é proibido usar celular na cabine no momento da votação, mas o ato nunca foi permitido. A novidade neste pleito é que o celular precisa ser deixado com o mesário da seção, mesmo que esteja desligado, conforme Resolução do TSE. O Código Eleitoral determina que é crime "violar ou tentar violar o sigilo do voto", e a pena pode chegar a até dois anos de prisão.

O eleitor que tiver biometria coletada pela Justiça Eleitoral pode continuar usando o e-título pelo celular, que será apresentado ao mesário. O uso do aparelho só é permitido neste momento, dentro das seções eleitorais.

Assista a entrevista completa nesse link.