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Entrevista

Eduardo Riedel fala do plano de governo e das alianças para o segundo turno

A menos de 25 dias para o 2º turno em Mato Grosso do Sul candidatos traçam estratégias e alianças políticas

Eduardo Riedel (PSDB) compareceu nesta e durante 40 minutos pode detalhar algumas ações do seu plano de governo e a busca por alianças políticas - Isabelly Melo/CBN CG
Eduardo Riedel (PSDB) compareceu nesta e durante 40 minutos pode detalhar algumas ações do seu plano de governo e a busca por alianças políticas - Isabelly Melo/CBN CG

Logo após o resultado do 1º turno das eleições em Mato Grosso do Sul, os dois candidatos que se enfrentam no próximo dia 30 nas urnas, foram convidados para entrevistas no estúdio da Rádio CBN Campo Grande, emissora do Grupo RCN. Capitão Contar (PRTB), seria o primeiro entrevistado, mas desmarcou na última hora. Eduardo Riedel (PSDB) compareceu nesta sexta-feira (7) e durante 40 minutos pode detalhar algumas ações do seu plano de governo e a busca por alianças políticas. 

O senhor colocou que a atração de votos deve ser em cima das suas propostas. Quais são as lideranças regionais que o senhor já recebeu apoio e que está indo atrás neste momento? 

Eduardo Riedel – Nós estamos conversando com todos os partidos em torno do nosso projeto para Mato Grosso do Sul. Os deputados estaduais eleitos e os que perderam, estão nesse campo do nosso projeto. E todos serão muito bem-vindos. E também os adversários, que por ventura, tiveram em outro campo político e queiram apoiar nossa candidatura sem a gente abrir mão do nosso plano de governo, serão muito bem-vindos também. A conversa se faz presente a todo momento com grupos da sociedade que tem interesse específico em aprofundar a discussão sobre o nosso plano de governo.

Caso eleito, qual será a diferença entre a sua gestão e do atual governador Reinaldo Azambuja? O senhor fez parte do governo por sete anos.  

Eduardo Riedel – Eu acho que são muitas. Governos e sociedades são dinâmicos, a gente não pode achar que o que vale 10 anos atrás é a mesma coisa hoje, tanto pra sociedade quanto para os governos. A busca pela eficiência é um caminho permanente, eficiência da gestão pública. A entrega de resultado está aliada a essa capacidade de investimento e eficiência. Então a grande diferença é você inserir, cada vez e numa velocidade maior, tecnologias que ganham em eficiência para o resultado das políticas e para as pessoas. Parte da estrutura administrativa para melhorar a eficiência, é algo que logo no começo a gente tem que reformular. E isso faz parte, não que estivesse errada lá atrás ou agora, é uma readequação que tem que acontecer, é importante para ganhar eficiência dentro desse conjunto. Toda a parte fiscal, a gente já está estudando uma remodelação da estrutura tributária do estado num primeiro momento. Muitas coisas aconteceram nesse último ano e a gente tem que rever isso com olho no orçamento e na aplicação.

A gente tem a balança comercial de Mato Grosso do Sul superavitária, muito bom o cenário de exportação, mas de que forma a população aqui do Estado pode se beneficiar disso? 

Eduardo Riedel – A gente tem que tomar muito cuidado. Eu ouvi propostas no primeiro turno absolutamente populistas, “a eu vou interferir no mercado, a carne não vai pra fora enquanto não abastecer aqui”, olha o que aconteceu com a Argentina, olha o que está acontecendo com o Chile. Vamos interferir num mercado que gera milhares de empregos? De que forma que a população pode se beneficiar com essas cadeias produtivas exportadoras? Emprego, renda e industrialização. A hora que o governo resolve interferir nessa cadeia produtiva, ele pode destruir uma cadeia produtiva e milhares de empregos. Qual é a forma que você tem pra garantir a população mais vulnerável? Renda mínima, transferência direta de renda pra comprar o alimento e garantir o pão na mesa, como é o mais social que põe R$ 450 reais, mais os programas federais. Então nós temos que ter cuidado as vezes com uma fala fácil, que agrada as pessoas, mas que tem consequências muito nefastas pra economia e pra geração de emprego.

Sobre o IPVA, o senhor tem alguma proposta para redução? 

Eduardo Riedel – Nós queremos retornar ao que era. Era 2,5 foi 3,5 depois reduziu para 3. Então podemos voltar aos 2,5 e mudar a idade média que foi de 20 para 15 queremos voltar para os 20. Esse momento pós pandemia exige uma série de medidas para que a gente possa melhorar essa situação.