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Com possível bloco de oposição, relação entre Executivo e Legislativo azeda ainda mais

Pelo menos 10 vereadores estão pensando em aderir em bloco de oposição ao Poder Executivo

Vereadores e prefeita não estão se bicando e bloco de oposição é cogitado - Divulgação
Vereadores e prefeita não estão se bicando e bloco de oposição é cogitado - Divulgação

Parece que a base aliada que a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), herdou super alinhada e ordeira do ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD) está se desfazendo igual escrita na areia. Pelo menos 10 vereadores já estão pensando e se organizando para fazer oposição a atual prefeita simplesmente porque Adriane Lopes não abre diálogo com a Câmara Municipal de Campo Grande.   

Por enquanto, os vereadores Marcos Tabosa (PDT) e Tiago Vargas (PSD), que sempre foram oposição, coronel Alírio Villasanti (União) e Professor André (Rede), que são independentes, estão com uma postura mais ferrenha contra a atual prefeita.

Os parlamentares que estão meio cá meio lá, mas estão bem descontentes com a gestão de Adriane Lopes já se articulando para uma possível oposição são: professor Juari, João César Mattogrosso, João Rocha, Victor Rocha, Zé da Farmácia e o Clodoaldo Pires, que está avaliando qual será seu posicionamento diante da situação.

Além disso, Adriane Lopes disse desde quando assumiu o cargo de prefeita que teria diálogo aberto com os vereadores, mas isso não está acontecendo. Ficou claro essa situação quando a comissão de Educação não foi nem consultada sobre a nomeação do secretário municipal de Educação Lucas Bitencurtt que causou desconforto entre os parlamentares.

E a situação entre o Executivo e o Legislativo Municipal só azeda a cada dia. A última gota para transbordar o baldo da desavença entre os poderes foi as falas do ex-vereador e atual secretário municipal de Governo e Relações Institucionais, Mário César, quando discorreru sobre o reajuste de 10,39%  para os professores da rede municipal de ensino. Fato este, que deixou furioso o presidente da Casa, vereador Carlos Augusto Borges, Carlão (PSB).

Mário César acusou os vereadores de votarem o reajuste sem levar em conta o orçamento da prefeitura. Falas essas que deixou os parlamentares no casco. A ira foi tão grande que o vereador Carlão disse “Nos registros da casa, ele está entre os piores vereadores que estiveram aqui. Então, quem é ele para falar mal da Câmara? Tem que respeitar a Câmara. É meu amigo, mas falo pra ele”, disse durante sessão.

Vereador professor Juari também entrou no embate e criticou a fala de Mário César dizendo que não é função dos vereadores preverem orçamento. “A Câmara Municipal não tem que fazer previsão orçamentária. A lei entrou em regime de urgência. Quem tem que prever isso é o Executivo”, concluiu.

E a crise só aumenta, nesta terça-feira (29), durante a reunião da prefeita Adriane Lopes com os professores. Alguns vereadores que tentaram participar da reunião no paço municipal foram barrados só porque não faziam parte da Comissão de Educação da Câmara Municipal. Apenas quando um integrante da Comissão chegou foi liberado para os vereadores participaram da reunião, mas os parlamentares já tinham ido embora e disseram que não voltariam mais para participar da reunião.   

A falta de experiência em gerir a prefeitura de Campo Grande foi tolerada pelos vereadores quando Marquinhos Trad desistiu da prefeitura para disputar o governo do Estado. Os vereadores fizeram vistas grossas, pois estava em período eleitoral, mas as eleições acabaram e falta de diálogo e a inexperiência na gestão ficou mais evidente.  No grupo de whatsapp dos vereadores, até convite onde consta nome da prefeita, nome da chefe de gabinete e por fim o nome do secretário da pasta que está organizando o evento é motivo de chacota, pois em nenhum convite oficial chefe de gabinete é citado.

Na rádio corredor da Câmara , a infomormação é  que no período que o marido da prefeita, deputado estadual Lídio Lopes (Patriota) esteve em viagem oficial no exterior a relação com o Legisltivo azedou mais ainda.