O Departamento de Vigilância em Saúde de Três Lagoas registrou neste ano 248 notificações de picadas de escorpiões. Antes mesmo de encerrar dezembro, o número de picadas em 2022 já é maior do que o total de notificações registradas no ano passado, quando 113 casos foram registrados. Em 2020 foram 113 e 2019, 104.
O período do verão, de dezembro a março, exige maior cuidado em relação aos acidentes com escorpiões, pois o clima úmido e quente é ideal para o aparecimento destes animais, que se abrigam em esgotos e entulhos. Os escorpiões que habitam o meio urbano se alimentam principalmente de baratas, portanto são comuns também em locais próximos a áreas com acúmulo de lixo. A adoção de hábitos simples é fundamental para prevenir acidentes.
Segundo o veterinário do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Três Lagoas, Hugo Nogueira, nessa época do ano, período de calor e chuva, aumenta o número de escorpiões. “Nesse período eles começam a desalojar porque aumenta o número de baratas, daí aumentam os índices de notificações”, explicou.
Segundo Hugo, o escorpião amarelo, Tityus serrulatus, o mais venenoso, é o que tem sido encontrado com maior frequência na cidade. “É preciso criar uma barreira para evitar que esses escorpiões cheguem as residências. Vale destacar que o controle químico não é tão eficaz nos escorpiões. Então, é preciso evitar que eles cheguem nas casas. Importante manter os ralos do banheiro e da cozinha fechados, deixem abertos apenas na hora que for usar. Já nos ralos externos colocar telinhas”, orientou.
Além disso, orienta o morador a manter os quintais e as residências limpos, livres de entulhos de materiais de construção, madeiras, blocos, restos de azulejos e pisos de cerâmica, entre outros. Isso é importante para evitar que os escorpiões fiquem alojados durante o dia e saem à noite. É preciso ter cuidado também e verificar sapatos, roupas, a cama, e evitar que lençóis fiquem relando no chão para evitar que os escorpiões se escondam nesses locais”, alertou.
Em caso de picada, o veterinário orientou que as pessoas procurem uma unidade de saúde mais próxima.
Confira a reportagem abaixo:
