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Eldorado Brasil completa 10 anos com produção recorde de celulose

Empresa acaba de produzir o equivalente a 11 anos de operação e vive também o melhor momento financeiro de sua história

Empresa acaba de produzir o equivalente a 11 anos de operação e vive também o melhor momento financeiro de sua história. - Divulgação/Assessoria
Empresa acaba de produzir o equivalente a 11 anos de operação e vive também o melhor momento financeiro de sua história. - Divulgação/Assessoria

Dez anos que valem por 11. É com esse mote que a Eldorado Brasil Celulose está comemorando sua primeira década de existência, como uma das mais tecnológicas empresas do setor em todo o mundo e com recordes de produção. O grande marco da companhia é um feito inédito no mercado global de celulose: a antecipação, em um ano, da produção prevista para ser atingida em 11 anos.

Foram 16,5 milhões de toneladas produzidas desde o início das operações, em novembro de 2012. Isso porque a fábrica, que fica em Três Lagoas (MS), vem operando 20% acima da capacidade nominal projetada, de R$ 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano – ritmo que não deve diminuir tão cedo.

“Essa marca só foi possível porque temos um pessoal diferenciado, funcionários e colaboradores que estão sempre buscando melhorar todos os dias”, explica Carlos Monteiro, diretor industrial da Eldorado Brasil. “Nossa eficiência gira em torno de 96%, um modelo para o setor, mas, desde o início de nossa operação, temos a determinação e o compromisso de superação e, ano após ano, evoluímos nossa capacidade produtiva. Hoje conseguimos esse feito inédito no Brasil e no mundo, graças ao nível de atuação dos profissionais da Eldorado.”

Entre os atributos operacionais, vale destacar a preservação dos equipamentos e da planta, desde sua concepção, o que muito contribuiu para essa produtividade acima da média. O ciclo de eficiência da companhia evoluiu em tecnologia e, atualmente, com uso de inteligência artificial e equipamentos autônomos, consegue prever revisões de maquinários e reduzir uso de matéria-prima e químicos, resultando em menos custo para a produção de cada tonelada de celulose.

Na linha do tempo, a partir de 2014, no segundo ano de produção da fábrica, a Eldorado Brasil já ultrapassou pela primeira vez a capacidade nominal da planta, originalmente de 1,5 milhão de toneladas por ano, e atingiu a marca de 1,568 milhão de toneladas de celulose (ver gráfico abaixo).  Desde então, ano após ano, a companhia segue em produção ascendente. Prova disso foi o último trimestre deste ano, oportunidade em que a empresa bateu um novo recorde e chegou a 476 mil toneladas de celulose produzidas em 3 meses.

INVESTIMENTO EM TECNOLOGIA – PELO BRASIL.

Em 2021, começaram as obras para construção do terminal da Eldorado Brasil no Porto de Santos (SP), projeto de R$ 500 milhões que criará um moderno e competitivo terminal portuário. A área, de mais de 50 mil metros quadrados, poderá receber uma composição inteira com até 72 vagões e dois navios simultaneamente, o que triplicará a capacidade de escoamento da celulose, com previsão para 4,2 milhões de toneladas por ano, além de gerar redução dos custos de logística.

Com início das atividades previsto para meados de 2023, o terminal será responsável pela exportação de 90% da celulose produzida pela Eldorado Brasil em Três Lagoas (MS) para mais de 40 países.

Outro investimento de destaque foi a construção e o início das operações da Usina Termelétrica Onça Pintada, localizada ao lado da fábrica de celulose, que contou com investimento de R$ 400 milhões. A energia lá gerada é suficiente para abastecer uma cidade de 700 mil habitantes, com capacidade instalada de 50 megawatts (MW). A companhia tem autorização para ofertar energia renovável da Onça Pintada ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Em 2021, a usina produziu 240.988 mil MWh, obtendo receita de R$ 76 milhões.

A Onça Pintada gerou para o sistema elétrico nacional aproximadamente 241 mil megawatts (MWh) em 2021. Já a fábrica de celulose produziu 1,549 milhão de megawatts (MWh). Nenhuma outra empresa no mundo gera a quantidade de energia da Eldorado nesta modalidade específica, e o grande diferencial tecnológico está no campo, no uso desse material que antes não tinha aproveitamento comercial, prova de que nossa inovação não se restringe à tecnologia.

No mesmo ano, as operações de transporte, logística e florestal foram beneficiadas com tecnologias que envolvem segurança do colaborador, diminuição no custo operacional, redução nas emissões de gases de efeito estufa e maior produtividade por área plantada. Em relação ao setor de transporte e logística, os motoristas passaram a contar, em suas viagens, com a assistente virtual Íris, tecnologia própria da Eldorado, que aprimora a segurança do condutor ao perceber eventuais sinais de fadiga ou o manuseio de aparelho celular, mesmo quando o caminhão está parado na estrada. Isso é possível por meio de uma câmera instalada no veículo e administrada por inteligência artificial.

Em um centro de controle remoto, a Eldorado conversa com o motorista, dando orientações do melhor a ser feito em determinados momentos. Os resultados dessa tecnologia já foram colhidos durante o ano: nenhum acidente com afastamento foi registrado. Toda a frota própria da empresa tem esse sistema instalado, além da telemetria, que monitora o desempenho do caminhão por meio de software – e os colaboradores recebem treinamento para usá-lo e usufruir de seus benefícios.

FLORESTA 5.0 JÁ É REALIDADE.

No Projeto Floresta 4.0, a companhia já havia implantado diversas tecnologias que envolvem imagens de satélite, monitor de produtividade, aplicação de fertilizantes com taxas variáveis, telemetria nos equipamentos e sistema de gestão em tempo real. Este ano, no entanto, a Eldorado iniciou o projeto Floresta 5.0, que inclui análise estatística avançada e sensores não somente nas máquinas, mas também na floresta – que, em tempo real, informa seu crescimento diariamente.

Além disso, a empresa vem utilizando modelos inteligentes de previsão climática de longo prazo, por meio dos quais é determinado um protocolo técnico para cada cenário de ambiente futuro, permitindo a autocalibragem de todo o processo, desde a escolha do melhor clone para determinada situação até o melhor manejo a ser empregado na formação da nova floresta.

Graças ao projeto Floresta 5.0, a Eldorado consegue monitorar e combater incêndios em tempo real. Para isso, utiliza 25 torres de monitoramento florestal, responsáveis por gerar conectividade em campo, detectar focos de incêndio, pragas e doenças, além de capturar informações climáticas por meio de estações meteorológicas que auxiliam nas estratégias do manejo florestal.

O sistema conta, ainda, com 28 estações meteorológicas espalhadas por todas as fazendas, medindo e informando, em tempo real, a previsão climática para os próximos 15 dias de trabalho no campo.  

Trata-se de uma tecnologia avançada, que contribui imensamente para fortalecer a sustentabilidade compartilhada entre a empresa, o meio ambiente e seus vizinhos. Câmeras de altíssima definição e alcance contam com algoritmos de reconhecimento, capazes de encontrar fumaça a quilômetros de distância, o que desperta um alerta de emergência e as tratativas de combate – que contam com pessoas altamente capacidades e recursos aéreos, disponíveis 24h por dia.

Com profissionais focados em melhoria contínua, a Eldorado desenvolve mudas completamente adaptadas às regiões em que serão plantadas. Somente no ano passado foram plantadas 624 progênies puras e híbridas e 459 clones em áreas experimentais, que fazem parte do projeto de melhoramento florestal da companhia, com um esforço para ganhar sempre um pouco mais em qualidade e volume de madeira. Os clones gerados por esse programa garantem uma floresta de alto valor para a produção de celulose. São milhares de cruzamentos entre essas progênies, que geram um material bem adaptado à localização geográfica das fazendas da Eldorado.

Com base florestal, a empresa é ESG na prática, desde sua concepção. A área total ocupada pelas florestas plantadas da Eldorado ultrapassa os 376 mil hectares, divididos entre 260 mil hectares de áreas dedicadas à produção de celulose e 116 mil hectares de conservação, tudo em Mato Grosso do Sul, com base em seu relatório de sustentabilidade de 2021.

A operação florestal é também responsável pela alta empregabilidade da companhia – que vem contratando em ritmo mais acelerado que o país em geral e o setor em particular. Dos mais de 5.300 funcionários e colaboradores da Eldorado, cerca de 3.600 estão envolvidos nas etapas que vão do viveiro ao pátio de madeiras.

“A Eldorado possui um modelo de primarização de todas as suas atividades, desde a alimentação que nosso trabalhador recebe no campo, nossa produção de mudas no viveiro, as atividades de silvicultura e colheita, estradas e transporte de madeira”, diz Germano Vieira, diretor Florestal da companhia. “Para isso, contamos com uma equipe de treinamento próprio, que capacita todo o nosso time, resultando em alta performance. Ser eficiente e sustentável é nossa principal meta.” 

SUSTENTABILIDADE DE FATO.

A Eldorado Brasil realiza suas operações florestais de acordo com a legislação ambiental do Código Florestal nacional. Ao mesmo tempo, possui as principais certificações internacionais, reconhecidos mundialmente e que comprovam a responsabilidade ambiental da produção florestal da companhia, matéria-prima para a celulose.

Do total de florestas plantadas mantidas pela companhia, 97% são certificadas, sendo que o restante está em processo de implantação e deve passar a ter os certificados em 2023. Em relação à operação florestal, utilizamos a técnica de manejo conservacionista do solo, denominada cultivo mínimo, em que o revolvimento do solo é realizado apenas onde as mudas serão plantadas.

O objetivo dessa tecnologia florestal é manter as características físicas, químicas e biológicas naturais do solo, com a matéria orgânica fazendo sua função de proteção para evitar risco de erosão e conservar a atividade microbiológica do solo – e, consequentemente, dos recursos hídricos, como nascentes, cursos d’água e rios.

A Eldorado Brasil trabalha com limites operacionais mais restritivos do que o exigido pela legislação brasileira em busca de garantir aumento da eficiência ambiental.

O controle e monitoramento é feito por meio de um sistema centralizado que reúne as informações de emissões consideradas no inventário de gases de efeito estufa (GEE). Os dados eram auditados internamente e, a partir de 2022, a empresa passou a adotar uma verificação de 2° parte de acordo com o padrão standard em compliance com os requerimentos da ISO 14064-1:2007 e o GHG Protocol – Programa Brasileiro de Gases de Efeito Estufa.

Em 2021, ampliamos o escopo de emissões em razão da implantação de novas áreas de reflorestamento. A Eldorado Brasil apresenta uma remoção histórica acumulada de quase 33,5 milhões de toneladas de CO2.

Para saber mais sobre as ações da Eldorado Brasil, acesse o Relatório de Sustentabilidade 2021 da companhia.

NÚMEROS QUE DEMONSTRAM ROBUSTEZ.

A Eldorado Brasil fechou o terceiro trimestre de 2022 com receita recorde de R$ 2,324 bilhões, EBITDA ajustado de R$ 1,430 bilhão, com margem de 62%, e lucro líquido de R$ 1,086 bilhão. Os bons resultados permitiram à empresa ter uma geração de caixa livre de R$ 906 milhões no período e o menor nível de alavancagem da história da empresa, em 0,84x. O preço médio da tonelada de celulose chegou a US$ 876, aumento de 13% em comparação com o trimestre anterior.

Já o endividamento líquido, em 30 de setembro de 2022, foi de R$ 3,479 bilhões, 21% e 39% inferior ao 2T22 e 3T21, respectivamente, devido à liquidação de dívidas que ocorreram durante os últimos períodos. Ao somar-se o resultado dos derivativos, a dívida líquida foi de R$ 3,312 bilhões, a menor da história da companhia.