Veículos de Comunicação

Alerta

Três Lagoas é a 2ª cidade de MS com mais casos de leishmaniose em humanos

O índice é considerado alto pela Secretaria Municipal da Saúde e a taxa de transmissão da doença é classificada como 'intensa'

O índice é considerado alto pela Secretaria Municipal da Saúde e a taxa de transmissão da doença é classificada como 'intensa' - Divulgação/TVC
O índice é considerado alto pela Secretaria Municipal da Saúde e a taxa de transmissão da doença é classificada como 'intensa' - Divulgação/TVC

Com 25 casos de janeiro até dezembro, Três Lagoas é a segunda cidade de Mato Grosso do Sul com maior número de moradores infectados com leishmaniose visceral. Além disso, uma pessoa morreu vítima da doença e outras três estão internadas em tratamento. O índice no munícipio só fica abaixo de Campo Grande, segundo levantamento da Secretaria Estadual de Saúde, que classifica a região com taxa de transmissão intensa, que é quando está acima de 4,4 casos. 

A leishmaniose em humanos é transmitida através do “mosquito palha” e é uma doença grave, não tem cura (apenas controle por medicamentos), e algumas vezes causa a morte. A doença é mais suscetível em grupos com baixa imunidade, crianças, gestantes e idosos. 

Para conter a transmissão, equipes do setor da Saúde se mobilizam nos bairros que mais registram incidência de leishmaniose. “Realizamos borrifação nas residências com casos positivos, nos bairros com incidência e estamos ampliando as medidas para outros pontos da cidade”, explicou o coordenador do Setor de Endemias, Alcides Ferreira.

Outra medida adotada é do Setor de Entomologia, que realiza o monitoramento com armadilhas para encontrar o flebótomo que ajuda a identificar o local provável da infecção. Além disso, começou no mês de agosto a primeira fase da campanha “Encoleira Cão”, com o objetivo de encoleirar mil cães, que foram testados para leishmaniose visceral canina através de coleta de sangue e exames. As coleiras carregam 4% do inseticida deltametrina e a validade é de seis meses. A cada semestre a equipe retornará à residência para fazer a troca da coleira e a testagem da eficácia. Os bairros que receberam a campanha foram Santa Júlia, Vila Alegre e Santa Rita. “Essa é uma doença que requer muita preocupação, pois, pode trazer sequelas e morte aos infectados”, pontuou Ferreira.

TRANSMISSÃO

A transmissão da leishmaniose em humanos ocorre quando as fêmeas infectadas picam cães ou outros animais infectados e, depois, picam o ser humano, transmitindo o protozoário Leishmania Chagasi.

SINTOMAS

No humano, inicia-se um quadro de febre, dores no corpo, fraqueza, palidez e perda de peso. Ao ser examinado, o paciente pode apresentar aumento do fígado e do baço. Pele amarelada e sangramento já demonstram maior gravidade do caso.

PREVENÇÃO

Importante limpar os quintais e retirar matéria orgânica em decomposição, como folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo. O destino adequado do lixo orgânico, visa impedir o desenvolvimento das larvas dos mosquitos. Fazer uso de repelente e colocar telas em janelas estão entre as medidas de prevenção.

MORTE E CASOS

Uma mulher de 58 anos morreu por leishmaniose visceral, em Três Lagoas, no mês de agosto. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o óbito foi registrado no dia 18, no bairro Jardim Brasília, e a paciente possuía também o quadro de diabetes e hipertensão arterial. Já os casos mais recentes de leishmaniose, na cidade, envolvem um adolescente de 17 anos, do bairro Santa Rita, e uma menina, de 6 anos, do Jardim das Oliveiras. Os dois estão internados.

Confira a reportagem abaixo: