O consumo de alimentos ultraprocessados aumentou nos últimos dez anos no Brasil. A informação é proveniente de uma pesquisa desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP). Apesar das embalagens serem mais atraentes e do sabor ser agradável, a ingestão deste tipo de comida pode trazer riscos à saúde.
Os produtos ultraprocessados são chamados assim devido ao nível de industrialização pelos quais eles passam e também à quantidade de açúcar, gordura e outros elementos. Biscoitos, salgadinhos, embutidos e enlatados fazem parte desta classificação. Além disso, eles estão diretamente ligados à praticidade do preparo, que é um dos motivos pelos quais eles são tão populares.
Segundo a nutricionista esportiva Juliana Prado Moreira, quando os alimentos sofrem qualquer tipo de processo industrial, são adicionados conservantes para que eles permaneçam por mais tempo disponíveis no mercado sem estragar. “Se o produto tiver mais de três ingredientes ele já pode ser considerado como ultraprocessado”.
Em 10 anos a procura por este tipo de alimento aumentou cerca de 5,5%. O consumo também aumentou. “Hoje em dia a preferência é por comidas mais rápidas, mais fáceis e com sabor mais gostoso por causa dos temperos”.
O resultado disso, no entanto, pode ser desastroso, principalmente para as crianças. Devido ao aumento na ingestão de sódio, gordura e açúcar, a diabetes vem aparecendo cada vez mais cedo.
“Elas podem desenvolver doenças crônicas como a hipertensão, câncer e até problemas cardíacos”.
Juliana recomenda ler os rótulos dos produtos para saber os ingredientes de sua composição. “Quanto menos embalagem melhor. Se a pessoa se organizar durante a semana, também facilita muito a não consumir outros alimentos”.
