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Entrevista

'Três Lagoas precisa melhorar sua representatividade na Assembleia'

Ex-vereador, Jorge Martinho anuncia pré-candidatura a deputado defendendo maior espaço da cidade no Poder Legislativo

Após dois mandatos na Câmara de Três Lagoas e de chefiar a Secretaria de Saúde da cidade, além de receber 18 mil votos como candidato a prefeito, em 2016, o dentista Jorge Martinho, agora, pretende disputar uma vaga na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Pré-candidato ao cargo, nas eleições deste ano, ele aponta para a "necessidade" da ampliação da representatividade de Três Lagoas no Poder Legislativo. 

O reforço da alegação é, segundo Martinho, a importância que a cidade conquistou no cenário econômico estadual, especialmente pelo volume de exportações das indústrias locais – uma discrepância diante do número de deputados, na assembleia, apenas um, Eduardo Rocha (MDB) – enquanto que municípios com população e participação tributária menores possuem número maior de representantes.

Jornal do Povo – A classe política está desacreditada diante de tantas denúncias de corrupção. O que fazer para corrigir isso?
Jorge Martinho – Agora está chegando a vez do eleitor fazer a mudança. Mas, é o eleitor que vai "usar uma vassoura" para limpar isso. 

JP – O sr. é pré-candidato a deputado estadual?
Jorge – Até agora estávamos no prazo das filiações e trocas de partidos. Agora, como tenho grande relacionamento com a direção estadual do PSD, e pelo meu histórico de serviços públicos, como vereador por dois mandatos, e secretário de Saúde,  vou colocar meu nome pelo partido para disputar uma vaga na assembleia.

JP – Por que a decisão de disputar no Estado e não como deputado federal?
Jorge –
Três Lagoas conquistou uma posição muito  importante em Mato Grosso do Sul por seu volume de exportações, com grandes empresas, o crescimento da população e ainda por outros aspectos. Mas, encolheu em representação política. Há 30 anos chegamos a ter três deputados estaduais. Hoje temos apenas um, enquanto que cidades menores possuem número bem maior. É hora de corrigir essa distorção e conquistar mais vagas para a cidade na assembleia. 

JP – Essa representatividade atual prejudica a cidade em quais aspectos?
Jorge –
Na defesa de interesses da cidade, de projetos e de leis. Precisamos ter uma bancada maior, que também possa defender a região da Costa Leste, do Bolsão, em tudo o que o governo atua. Isso é muito importante para que as cidades tenham acesso não apenas a recursos, mas também a outras iniciativas do governo estadual e a programas públicos. 

JP – O sr. obteve 18 mil votos como candidato a prefeito. Com essa votação é possível se eleger?
Jorge –
É um número alto. Mas, não o suficiente. Há quatro anos, o deputado eleito que ficou na última posição, obteve 22 mil. Por isso, vamos trabalhar na campanha em todas as cidades da região e contar com apoio do PSD, nossa ligação com o prefeito da capital, Marquinhos Trad, que é uma liderança estadual, e buscar os votos que possam nos dar essa vaga.