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Segundo A Fiems

Greve de caminhoneiros para 60% das indústrias do Estado

Entidade alerta sobre preocupação com o pagamento de salários dos funcionários

A greve dos caminhoneiros em todo o Brasil já provocou a paralisação das atividades em 60% dos 6.201 estabelecimentos industriais de Mato Grosso do Sul, conforme levantamento parcial realizado pela Fiems junto aos empresários do setor. O número preocupa a entidade, que alerta para atraso no pagamento dos salários dos 121.501 trabalhadores das indústrias sul-mato-grossenses.

“Se as indústrias estão paradas, elas não produzem e, se elas produzem, também não podem vender e, se não vendem, também não podem ter os impostos recolhidos. Na próxima semana, não tem como pagar a folha de pagamento dos nossos trabalhadores e, portanto, essa paralisação é uma preocupação imediata das empresas, pois elas não podem parar. Os caminhoneiros precisam entendem que os fretes também não serão pagos porque não têm faturamento, então é um momento grave para a economia brasileiras, mas não é com paralisação do transporte de cargas que vamos resolver essa situação”, destacou o presidente da Fiems, Sérgio Longen.

Na avaliação dele, a forma de protesto utilizada pelos caminhoneiros preocupa, pois vem no momento em que o Brasil dá os primeiros passos para sair da crise. “Entendo que é justa a manifestação e está dentro do direito democrático da categoria, mas interromper a produção de setores que abastecem a sociedade não é correto e isso eu não posso concordar. Entendo como justa a reivindicação deles, precisamos redefinir o modelo de reajuste dos preços dos combustíveis porque não é aceitável simplesmente acatar os parâmetros adotados pelo Petrobras, que enxerga apenas o seu lado como empresa, sem levar em consideração a situação do resto da sociedade. É muito difícil hoje que seja mantida essa política de aumento”, analisou.