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Disputa Por Terras

Ex-candidato a Governador e mais oito indígenas continuam presos

Determinação judicial afirma que grupo é um "risco à ordem pública" após invadirem uma propriedade em Dourados e agredirem o caseiro

Magno de Souza foi candidato a governador pelo PCO nas eleições 2022 - Foto: Ronie Cruz/CBN CG
Magno de Souza foi candidato a governador pelo PCO nas eleições 2022 - Foto: Ronie Cruz/CBN CG

O ex-candidato a Governador de Mato Grosso do Sul pelo PCO, Magno de Souza, continua preso por decisão da Justiça Federal, junto com oito indígenas em Dourados (MS) desde sábado (8).

O Auto de Prisão em Flagrante do juiz Rubens Petrucci Junior, expedido pela 2ª Vara Federal de Dourados, atesta que as “ameaças diversas, lesão corporal dolosa e a associação de diversas pessoas para cometer crimes, evidenciam que a colocação dos presos em liberdade representa risco à ordem pública”.

Além disso, o texto afirma que as medidas cautelares e a proibição dos autores em retornar ao local do crime são ineficazes e “insuficientes para resguardar a ordem pública e a paz social”, pois não impedem uma reincidência da invasão.

Diante das provas materiais dos delitos, como a posse de arma, o grupo é acusado dos crimes de esbulho possessório, dano, associação criminosa e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.

Invasão

Na noite de sexta-feira (7), um grupo de 20 pessoas armadas com facões e armas de fogo tentaram invadir uma propriedade privada próxima ao anel viário norte do município de Dourados.

Um indígena, que trabalha como caseiro na propriedade vizinha ao local, foi ameaçado e agredido, mas já se recuperou. O Batalhão de Choque precisou ser acionado devido à agressividade do bando e registraram a construção danificada na manhã de sábado (8).

Policiais encontraram diversas facas, facões, 01 pistola adaptada para calibre 22 e munição do mesmo calibre. Blocos de cimento e cercas da empresa foram danificados.

O líder do grupo, Magno de Souza, foi conduzido à delegacia por causa da agressividade contra a guarnição do 3º Batalhão da Polícia Militar, que tentou conter as ações no início da invasão.