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Operação Vostok

Pedido de impeachment contra Azambuja é protocolado na Assembleia

Documento contra o governador alvo da Operação Vostok da PF foi protocolado na nesta quinta-feira (13)

O pedido de impeachment contra o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) foi protocolado nesta quinta-feira (13) na Assembleia Legislativa, um dia após a deflagração da Operação Vostok da Polícia Federal que teve como alvo um esquema de notas frias envolvendo políticos, pecuaristas e donos de frigorífico.

Assinado por Danny Fabrício Cabral Gomes, o documento deve ser lido na sessão ordinária da próxima terça-feira (18). Em seguida, será disponibilizado no sistema da Casa de Leis. O andamento do pedido deve respeitar os trâmites legais, da Constituição Estadual e do Regimento Interno da Assembleia Legislativa.

ENTENDA

Por determinação do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Félix Fischer, a Polícia Federal cumpriu nessa quarta-feira (12), 14 mandados de prisão temporárias e 41 de busca e apreensão em cidades do Mato Grosso do Sul. As medidas cautelares solicitadas pela Procuradoria-Geral da República têm como objetivo buscar provas de um esquema criminoso de concessão de créditos tributários no Estado.

Alvos da operação Vostok são: Rodrigo Souza e Silva (filho do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), Ivanildo da Cunha Miranda (pecuarista e delator na Lama Asfáltica), João Roberto Baird (ex-dono da Itel Informática), José Ricardo Guitti Guimaro (corretor de gado e apontado como intermediador de propina), Antônio Celso Cortez (dono da empresa PSG Tecnologia Aplicada), Elvio Rodrigues (pecuarista), Francisco Carlos Freire de Oliveira (pecuarista), José Teixeira, (deputado estadual), Marcio Monteiro (conselheiro do Tribunal de Contas do Estado), Miltro Rodrigues Pereira (pecuarista), Nelson Cintra Ribeiro (ex-prefeito de Porto Murtinho), Osvane Aprecido Ramos (ex-prefeito de Dois Irmãos do Buriti), Rubens Massahiro Matsuda pecuarista) e Zelito Alves Ribeiro, também pecuarista.

Os pedidos de prisão temporária têm como base a necessidade de se evitar que os investigados ocultem ou destruam provas, dificultando a continuidade das investigações. A propina variava entre 20% e 30% do valor do benefício fiscal concedido. A estimativa é que o prejuízo para os cofres públicos tenha superado R$ 209 milhões.