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André Milton se reúne com grupo interessado na UFN-III

Petrobras reduziu em 25% a projeção de investimentos até 2019, sem citar a fábrica paralisada

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Três Lagoas, André Milton, segue para São Paulo (SP), onde participará de uma reunião, nesta sexta-feira, com um grupo que está interessado na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Três Lagoas, cujas obras estão paralisadas há mais de um ano.

De acordo com o secretário, o encontro com os representantes desse grupo de investidores – cujo nome não pode ser divulgado enquanto correrem as negociações – visa um primeiro contato com os interessados na planta e “colocar a administração municipal à disposição no que estiver ao nosso alcance para auxiliar nas negociações”, destacou.

Nesta terça-feira, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou ajustes no Plano de Negócios e Gestão 2015-2019. Com a revisão, a estatal prevê investimentos de US$% 98,4 bilhões nesses três anos, uma redução de US$ 32 bilhões em relação ao valor inicial, o que representa uma queda de aproximadamente 25%. No plano, não é citada a retomada das obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III), o que mantém a dúvida sobre a retomada do projeto.

A planta está com 82% das obras concluídas e foi paralisada em dezembro de 2014, quando a estatal rompeu contrato com as empresas que compunham o Consórcio UFN-3 (Galvão Engenharia e Synopec). Na época, o rompimento resultou na demissão de sete mil trabalhadores e em uma dívida milionária deixada para pequenos e médios empresários três-lagoenses.

De acordo com Milton, a redução dos investimentos para os próximos anos pela estatal já era esperada desde o ano passado.  Em outubro de 2015, a ministra de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Kátia Abreu, esteve em Três Lagoas representando a presidente da República Dilma Rousseff e confirmou que as obras de construção da unidade seriam retomadas assim que fossem concluídas análises de propostas da sociedade com a estatal.

O secretário explicou que as negociações sobre a obra estão sendo mantidas diretamente com a estatal. São dois modelos a serem analisados por ambos os interessados (investidores e Petrobras), se o grupo entraria como sócio na planta ou assumiria totalmente a fábrica. “Essas análises acontecem diretamente entre eles. O que sabemos é que existe a necessidade de agilizar ao máximo a retomada dessa obra, uma vez que a construção e os equipamentos podem se deteriorar. Já o nosso objetivo, é ajudar no que for possível para retomar esse sonho da população, retomar essa obra”, destacou.