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MPE vai acompanhar impactos de instalação de usinas na região

Governo estadual anunciou construção de quatro centrais hidrelétricas nos rios do Bolsão

O Ministério Público Estadual (MPE) vai acompanhar os estudos ambientais para a implantação de quatro centrais hidrelétricas na região do Bolsão. Nesta semana, promotores de Justiça das cidades afetadas (Inocência, Brasilândia e Ribas do Rio Pardo), do Núcleo Ambiental e do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente (CAOMA) participaram de uma reunião em Campo Grande.

O objetivo do encontro foi trocar experiências sobre o tema e traçar estratégias para acompanhar esses estudos ambientais nos rios Verde e Sucuriú, que fazem parte da Bacia do Paraná. O grupo também deverá se reunir com o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) para avaliação dos impactos ambientais e sociais decorrentes da implementação dos empreendimentos.

A instalação de quatro centrais hidrelétricas na região foi anunciada no fim do ano passado. Os empreendimentos, segundo informações do governo estadual, serão construídos pelas empresa Minas PCH S/A e Energest S/A. Juntas, essas centrais hidrelétricas somam um investimento de R$ 500 milhões e deverão gerar 125 MW/h de energia elétrica. As centrais serão implantadas entre os municípios de Três Lagoas, Água Clara, Inocência, Brasilândia e Ribas do Rio Pardo.

Na região de Três Lagoas, serão duas centrais hidrelétricas de pequeno porte. A primeira será instalada no rio Sucuriú, entre o município e Inocência. De acordo com informações do Estudo de Impacto Ambiental (Eia-Rima), que deverá ser apresentado à população três-lagoense nesta quarta-feira, em audiência pública, o reservatório da unidade irá abranger 0,14 km² (14 hectares) de Água Clara, 25,17 km² (2.517 hectares) de Inocência e 19,19 km² (1.191 hectares) de Três Lagoas.

A barragem contará com uma extensão de 790 metros e 22 metros de altura. A expectativa é que a construção inicie-se três meses depois da emissão da licença de instalação. A expectativa é que a obra gere em torno de 300 empregos no pico da construção, que serão acomodados em alojamentos no local da obra e também a distância da cidade mais próxima – a central hidrelétrica ficará a quase 100 quilômetros de Inocência.

Depois de concluída, a usina irá empregar em torno de dez profissionais. A capacidade da central, que terá duas unidades geradoras, será de 48 mw. A vazão média é 314,4 m³/s.

PROMOTORES

Participaram da reunião a Coordenadora do CAOMA (Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente), Procuradora de Justiça Marigô Regina Bittar Bezerra; o Promotor de Justiça e Coordenador do Núcleo Ambiental, Luciano Furtado Loubet; o Promotor de Justiça titular da 34ª PJ de Campo Grande, Alexandre Lima Raslan; o Promotor de Justiça de Brasilândia, Marcos André Sant’Ana Cardoso; a Promotora de Justiça de Inocência, Andréa de Souza Resende, e o Promotor de Justiça de Ribas do Rio Pardo, George Zarour Cezar.