Veículos de Comunicação

Opinião

A Relevância do Plano Diretor da Cidade

Leia editorial do Jornal do Povo deste sábado

A Relevância do Plano Diretor da Cidade - arquivo/JPNews
A Relevância do Plano Diretor da Cidade - arquivo/JPNews

É indiscutível que as cidades precisam e devem discutir para conceber seus planos de crescimento ordenado com suas comunidades. Aqui em Três Lagoas estamos vivenciando esta discussão saudável entre o poder público municipal e a população. Além de atender determinação legal essa providência, certamente, dará ao município uma nova direção de rumo, pois não há como permitir o crescimento desordenado, assim como a descaracterização do traçado urbanístico que atualmente afeta nossas ruas com o estreitamento dos seus leitos carroçáveis para se economizar gastos com o asfaltamento dessas vias. Discutir propostas para se estabelecer metas para a execução do Plano Diretor da cidade com a participação da comunidade é imprescindível para se elaborar um plano bem concebido que irá redundar na melhoria do índice de qualidade de vida da população. Aliás, na questão da implantação da infraestrutura urbana avançamos a cada dia que passa.

O abastecimento com água tratada passa de 90% e a rede de coleta de esgoto e tratamento beira quase 70%, assim sendo são raros os lugares com esgoto a céu aberto. A moradia que um dos direitos fundamentais da pessoa, precisa ser incluída como meta prioritária da municipalidade. Infelizmente, há mais de seis anos não se vê erguer empreendimentos residenciais populares em Três Lagoas. É, por isso, que alguns núcleos orquestrados se animam a invadir áreas urbanas e armaram barracos para demonstrar à sociedade civil que o direito de moradia não pode ser relegado e nem descumprido. Saúde e educação são setores que com ajustes pontuais atingirão níveis satisfatórios, caso haja essas correções de rota, aliás, exigidas por conta do crescente aumento populacional e do desenvolvimento industrial que bafeja a economia local. Entretanto, a questão da mobilidade urbana, aliás, aqui tratada na edição anterior, deve constar como prioridade, já que este é mais um direito dos cidadãos, os quais não podem ficar confinados em seus bairros considerando as necessidades de cada um em seus deslocamentos, seja para o trabalho, como para a escola, ou para uma unidade de atenção à saúde, assim como para o comércio.

Diante da decisão mundial de redução dos níveis de poluição, dever-se-ia incluir a questão do transporte urbano através de ônibus movido a bateria elétrica. Comprovadamente, de reduzido custo, pode ser patrocinado gratuitamente ou com tarifa que subvencione o custo operacional desse serviço. Enfim, o Plano Diretor que se discute, após colher sugestões, deve passar pelo crivo aguçado de uma empresa especializada em urbanismo para reunir as principais metas e prioridades pensando no desenvolvimento da cidade e do município como um todo para os próximos trinta anos. Um Plano de Ação Sustentável foi concebido há quase sete anos passados, patrocinado pelo Instituto Votarantim, Fibria, Instituto Arapyaú, ICES e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), mas, inexplicavelmente, foi arquivado e não se sabe por quais motivos. Portanto, essa fonte de informações deveria ser resgatada para se dar direção ao desenvolvimento e crescimento de Três Lagoas.