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Eleições 2016

Racha em bloco coloca Jorge contra Guerreiro na disputa pela prefeitura

Ex-aliados em campanhas passadas, políticos lideram grupos rivais para a disputa das eleições de outubro, em Três Lagoas

Um racha no bloco partidário formado no final de maio por dez agremiações deve colocar o vereador Jorge Martinho (PSD) em posição oposta à do deputado estadual Ângelo Guerreiro (PSDB), na disputa pela Prefeitura de Três Lagoas nas eleições deste ano. Ambos foram aliados em campanhas passadas.

O bloco, até então composto por PDT, PSB, PMDB, PSL, PV, PEN, PSDC, PPS, PPL e PROS havia lançado o empresário Rógerson Rímoli pré-candidato a prefeito. No entanto, sem o nome de Rímoli decolar em pesquisas, o bloco desmoronou. Pesaram bastante, também, as negociações individuais entre líderes dos partidos do bloco.

O anúncio da nova composição do grupo de apoio a Martinho – que deve contar com PSD, PSB, PPS, PDT, PROS e PT – ainda não tem data definida. Ainda há possibilidade do PTB, do vereador Idevaldo Claudinho, outro pré-candidato a prefeito, integrar a aliança.

“Já conversamos com PPS, PDT, PROS e PSB, e esses partidos já me autorizaram a dizer que vão caminhar com a gente”, disse ontem à tarde, por telefone, o vereador Jorge Martinho. Ele adiantou que existem conversas com PTB, PTN e outros partidos que não revelou o nome.

A reportagem tentou contato com Guerreiro, também por celular, mas o pré-candidato não foi localizado.

VICE
O fiscal de rendas da Receita Estadual e presidente do diretório local do PROS, Fabrício Venturoli, cotado para ser o vice de Rímoli, também deixou o bloco. Ao contrário, confirmou que é pré-candidato de Martinho. A decisão de sair do bloco, segundo ele, deve-se ao fato de o partido “não ter sentido firmeza” no apoio do PMDB à pré-candidatura de Rímoli. Resultados de pesquisas também levaram o partido a tomar a decisão. “O PROS não quer participar por participar. Quer entrar na disputa para ganhar”, declarou.

Jorge Martinho também confirmou Fabrício como vice em sua chapa.

UNIFICAR
O presidente do diretório municipal do PDT, vereador Nilo Candido, e o presidente do diretório estadual do PPS, Milton Gomes Silveira, disseram que é preciso unificar uma candidatura que seja mais viável para enfrentar Guerreiro. No entanto, declaram que a formação dessa aliança ainda está em negociação. “Isso está em discussão ainda. Mas, sabemos que está havendo um realimento da conversa e com possibilidade de ocorrerem mudanças e, em breve, devem ser divulgadas”, disse Silveira.

Rímoli disse que ainda considera a existência do bloco, já que não foi oficializado sobre a possível mudança. Destacou que na política é preciso ter palavra e honra, o que ele tem. Caso aconteça o esfacelamento do bloco, disse que não vê a possibilidade em apoiar nenhuma das demais pré-candidaturas.

Peemedebista vê caso como ‘trairagem’

O presidente do diretório municipal do PMDB, deputado estadual Eduardo Rocha, disse ontem que o partido mantém apoio à pré-candidatura de Rímoli, e considera como “trairagem” a decisão de partidos em não manter o acordo assumido anteriormente.

“A gente reúne dez partidos, chama a imprensa, faz o anúncio e, depois, voltam atrás? As pessoas precisam ter palavra”, declarou Eduardo, adiantando que o PMDB não apoiará uma candidatura de Martinho. “Prefiro apoiar a pré-candidatura do Guerreiro”, declarou. Diante disso, Eduardo não descarta o PMDB lançar candidato próprio a prefeito.