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Investigação da Operação Lava Jato não afeta planos, diz Eldorado

Grupo que controla fábrica de celulose em Três Lagoas é alvo de investigação em mais uma etapa da operação da PF

Após ser alvo de investigações em mais uma etapa da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, a Eldorado Brasil – empresa que pertence à J&F Investimentos, holding da família Batista -, diz que o projeto de expansão da fábrica de celulose de Três Lagoas, orçado em R$ 8 bilhões, segue com o cronograma de finalização em dezembro de 2018 e ampliação da produção no ano seguinte. 

O projeto, segundo afirma a empresa em nota, está em fase de conclusão de infraestrutura, com 500 pessoas contratadas atualmente.

A possibilidade da expansão ser prejudicada foi ventilada com a operação batizada como Sépsis, deflagrada na semana passada, pela PF. O grupo que comanda a Eldorado pretendia conseguir mais recursos do Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS) para financiar seu programa de crescimento.

A empresa é investigada após a J&F ser citada em delação premiada por Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal, que revelou um suposto esquema de propina em operações envolvendo o FI-FGTS. Ele teria revelado que o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teria recebido propina pela liberação de empréstimos destinados às obras da Eldorado.

A empresa teria solicitado inicialmente R$ 1,8 bilhão, mas conseguiu R$ 940 milhões. Sobre este valor, Cunha teria recebido valor superior a 1% de comissão. Cleto revelou que foi ele quem tratou diretamente com Joesley Batista, principal acionista da J&F, e que a holding operou no esquema por meio da Eldorado Brasil. Cunha nega.

Em nota anterior, a Eldorado afirmou que todas as suas “atividades e relacionamento com clientes, investidores, fornecedores, órgãos públicos, instituições financeiras e o mercado em geral são realizados de forma transparente e dentro dos princípios determinados no nosso Código de Conduta.”