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Turquia reprime golpe de rebeldes que termina com 194 mortes

Grupo tenta sem sucesso derrubar governo de Recep Tayyip Erdogan

Uma tentativa de golpe de Estado na Turquia pode ter terminado na madrugada de hoje (horário brasileiro) com saldo de quase 200 mortes, entre militares e civis. O país entrou "em uma situação caótica", afirma o jornal espanhol El País, sobre o conflito que teria sido lançado por militares rebeldes como tentativa de tomar o poder e decretar lei marcial.

Até as 13h (horário de Ancara), 194 mortes haviam sido confirmadas. A maioria de civis.

Agências de notícias internacionais e a Agência Anatólia (oficial do governo turco) afirmam que "o Executivo tentou sufocar a revolta e o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu a seus partidários que saíssem às ruas para frear o levante, como ocorreu ao final da reação".

O El País informa que "por meio da televisão foi possível se ver como os golpistas iam sendo parados". Imagens distribuídas por canais de TV e as agências mostram tanques de guerra por ruas de Ancara e Istambul, grupos de militares armados e pessoas comuns em sinal de resistência ao suposto golpe.

Ao chamado de Erdogan, milhares de pessoas saíram às ruas e "saltaram sobre tanques", segundo a Anatólia. Antes houve ao menos seis explosões nas proximidades do Parlamento Turco, durante reunião de políticos. Tanques do Exército teriam sido usado por rebeldes e um avião roubado das Forças Armadas teria sido derrubado.

A agência governamental também informou que 17 policiais das forças especiais foram assassinados em uma academia policial em Ancara. Nessa mesma cidade vários tanques dispararam nas imediações do Parlamento turco, segundo pôde ser visto através da televisão, e um avião de combate utilizado pelos golpistas foi derrubado.

Durante o principal foco da rebelião, TVs deixaram de transmitir ao vivo e as redes sociais foram bloqueadas. Rebeldes ocuparam emissoras e sites e obrigaram jornalistas a veicular notas de estabelecimento de um novo governo, com toque de recolher e lei marcial. Erdogan usou a rede pública de televisão para conter o golpe.

O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, havia denunciado horas antes que setores militares se levantaram contra o governo em Ancara, a capital. Em pronunciamento, Erdogan acusou o partido PKK de manipular militares contra o governo e pediu a extradição de oito oficiais que teriam buscado asilo na Grécia. (Com agências internacionais)