A empresa Fibria já executou 54% das obras de expansão da fábrica de celulose de Três Lagoas – projeto Horizonte 2 – em pouco mais de um ano após seu lançamento. E concluiu nesta semana, uma etapa importante neste projeto – a montagem da estrutura metálica da caldeira de recuperação, considerada peça-chave nessa segunda linha de produção de celulose.
A instalação desse equipamento, chamado também de “balão”e que pesa 200 toneladas, é considerado essencial porque é nele que se concentra todo vapor gerado na caldeira e encaminhá-lo ao processo de geração de energia elétrica da unidade. O equipamento consolida o projeto de expansão da fábrica, que segue dentro do cronograma previsto.
A imprensa pode acompanhar nesta terça-feira (27) esse marco considerado importante no processo, durante evento que contou com a presença do presidente da Fibria, Marcelo Castelli, de diretores e acionistas da empresa, além de representantes da Andritz, empresa austríaca, fornecedora de equipamentos de processo para o projeto Horizonte 2.
Para Marcelo Castelli, essa etapa é emblemática para a Fibria já que é o primeiro executado pela empresa, que é oriunda da antiga VCP, que foi responsável pela construção da primeira linha. “Esse é um projeto que traz um sabor de vitória, pois a empresa teve que se reposicionar financeiramente, fez a lição de casa e abriu oportunidade de voltar a crescer. É um investimento importante que aumenta nossa dívida, que está controlada. Para começar um investimento desta monta, tem que estar muito bem financeiramente, se não coloca toda a companhia em risco”, comentou, ressaltando que, o projeto está equacionado e os recursos garantidos para isso. Parte dos investimentos é do próprio caixa da empresa, também de financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO) e de outras agências de créditos.
TRABALHADORES
Atualmente 6,5 mil homens atuam no projeto de expansão da fábrica, com previsão de chegar até dez mil trabalhadores no pico da obra, previsto para os meses de outubro e novembro deste ano. A conclusão da nova linha está prevista para outubro de 2017 e prevê gerar mais três mil postos de trabalho diretos e indiretos.
Com investimento de R$ 7,7 bilhões, a segunda linha terá capacidade de produção de 1,95 milhão de toneladas de celulose por ano. Somada a produção atual, a unidade de Três Lagoas passará a produzir 3,25 milhões de toneladas/ano.
