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Desenvolvimento

Locomotiva do Bolsão

Leia o editorial publicado na edição deste sábado do Jornal do Povo

Três Lagoas tem atraído muitos projetos industriais e irradiado desenvolvimento para todo o Bolsão Sul Matogrossense, cuja denominação querem trocar por Costa Leste, sepultando uma referência histórica porque tem localização privilegiada e oferece facilidade logística para o escoamento da produção. Na quinta-feira foi oficialmente inaugurada a ponte sobre o rio Paraná ligando sem obstáculos e para sempre Mato Grosso do Sul a São Paulo. O tráfego fora da usina de Jupiá proporciona economia de 20 a 30 minutos na travessia. 

Apesar disso, a obra precisa ser complementada com o contorno rodoviário que dará acesso à BR-262. O governador do Estado prometeu ao ministro dos Transportes o projeto técnico deste entorno. E, em contrapartida, ouviu a promessa de licitação da obra. Mas, também se espera a inclusão da BR-262 em proposta de privatização das rodovias brasileira para que seja duplicada nas duas mãos a pista que demanda o trecho Três Lagoas-Campo Grande.

Atualmente, estatísticas indicam um tráfego de mais de 15 mil veículos por dia, incluído, 600 carretas transportando madeira para as fábricas de celulose. Nos próximos meses, a Petrobras deverá ter definição quanto ao prazo para a  conclusão da fábrica de fertilizantes, que está com 82% da sua planta industrial executada. Selvíria verá em breve instalado um mega frigorífico de peixes para exportação. Aparecida do Taboado é bafejada pelo transporte intermodal ferrovia-rodovia. Brasilândia e Bataguassu se valem dos benefícios do maciço florestal em seus territórios, assim como Santa Rita do Rio Pardo. Há ainda, a perspectiva de mais uma unidade fabril de celulose para Três Lagoas, além da expansão de mais uma. A cidade deverá em breve receber uma fábrica de cervejas. 

No último dia 4, foi inaugurada com a presença do Secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado e do presidente da Fiems, a ampliação de uma fábrica de embalagens de potes para manteiga do tipo margarina e para um sem número de fábricas instaladas no país. A área ampliada tem mais de 7.500 metros de construção e irá receber em breve equipamentos modernos. E mais, a empresa já tem a pretensão de ampliar a área onde se encontra instalada para produzir mais e gerar empregos. O Serviço Social da Indústria deverá entregar um complexo que custou aproximadamente R$ 50 milhões onde, no passado, funcionaram as oficinas de manutenção da antiga estrada de ferro Noroeste do Brasil, assim como o Instituto de Biomassa, único no Estado. O hospital regional que complementará o curso de medicina da UFMS terá mais de cem leitos, e tornará Três Lagoas um centro de referência médica. O aeroporto da cidade será ampliado segundo fontes oficiais. O porto seco – um centro aduaneiro para certificação fiscal de mercadorias  para exportação – também deverá ser implantado. 

A ferrovia privatizada e administrada pela ALL deverá entrar em processo de recuperação de seu trajeto e maquinários. O  anúncio de aumento da profundidade do canal de Pederneiras em São Paulo pelo seu secretário de Transportes que aqui esteve representando o seu governador, propiciará incremento na navegação da bacia Tietê – Paraná. E, consequentemente, exigirá a construção de um porto no município. Enfim, sem medo podemos dizer que somos a locomotiva do Bolsão, porque à medida que despertamos e atraímos projetos industriais, também proporcionamos até para democratizarmos o crescimento econômico da região, a chegada de novos empreendimentos para a região.