Balanço mensal divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio com dados de setembro mostra evolução positiva das exportações de fabricantes três-lagoenses para o mercado asiático – comportamento verificado há pelo menos cinco anos e que acompanha dados nacionais. A China – principal país do bloco – é o maior parceiro comercial do país.
Somente no mês passado, importadores chineses compraram US$ 325 milhões em produtos fabricados na cidade – a maioria da cadeia de papel e celulose. O volume é 25% maior que o total vendido para chineses em agosto – US$ 258,4 milhões.
As importações chinesas aparecem nos primeiros lugares da balança comercial da cidade desde 2010 em volume de mercadorias e em dólares. Somente em 2016, a dependência da China em relação ao setor produtivo de papel e celulose da cidade cresceu 33%.
Na contramão, as importações do mercado local na China mantiveram ritmo de queda. Em setembro caíram 15% – de US$ 168,5 para US$ 142,6 milhões. Indústrias da cidade mantiveram compras mais volumosas de indústrias chinesas de insumos para a produção de tecidos, apesar de diminuição que supera a 24% entre janeiro e agosto deste ano – resultado especificamente da queda de produção interna.
Os embarques de papel e celulose para compradores chineses, contudo, seguiram em alta. Entre janeiro e setembro deste ano as empresas três-lagoenses embarcaram 1,99 milhão de toneladas para os portos de Dalian, Ningbo, Qingdao, Qinhuangdao, Shanghai, Shenzhen, Tianjin. No mesmo período do ano passado as exportações foram embarcadas 1,88 milhão de toneladas dos produtos.
Para todo bloco asiático, composto por 10 países, as empresas de Três Lagoas venderam US$ 426,4 milhões só em setembro.
Números não confirmados pelas fábricas de celulose por questões comerciais indicam que as vendas de Três Lagoas para a China representam de 23 a 27% de toda a produção mensal de celulose. Em segundo lugar no ranking de países importadores estão compradores italianos, com US$ 160,9 milhões de dólares neste ano, US$ 131,9 milhões em 2015; em terceiro está a Holanda, com US$ 88,5 milhões; os Estados Unidos, com US$ 65 milhões, e a Indonésia, com outros US$ 22 milhões, de uma lista que tem 30 países.
A Finlândia aparece entre os países que mais venderam para Três Lagoas – US$ 23 milhões – especificamente equipamentos, transferência de tecnologia e prestação de serviços para a montagem de unidade de produção de papel e celulose. A Índia foi o terceiro país com maior volume de vendas às empresas locais, com pouco mais de US$ 17,5 milhões no mês passado.
Embora seja um dos maiores importadores de indústrias locais, a Itália é apenas o 17º mercado fornecedor para três-lagoenses.
