Veículos de Comunicação

Injúria

Medalhista paraolímpica é acusada de furto em loja; comerciante nega crime de calúnia

Silvânia Costa é suspeita de furtar vestido e acusa comerciante de constrangimento

A medalhista paralímpica Silvânia Costa envolveu-se em um caso policial na sexta-feira (11), quando fazia compras com uma filha de 10 anos, no comércio e Três Lagoas – cidade onde nasceu e mora com a família. Ela foi acusada de furtar um vestido numa loja. 

O caso surgiu com acusação feita pela comerciante Maria Eugênia Rodrigues dos Santos, de 43 anos, dona de uma loja que funciona no centro de Três Lagoas. Segundo registro feito pela Polícia Militar, a lojista acusa Silvânia, 29, de furtar um vestido após experimentar peças de roupa em um provador.

Na discussão, Maria Eugênia teria mandado funcionários fecharem as portas da loja até a chegada da PM. Uma bolsa e uma sacola de Silvânia foram revistadas. Com a atleta havia peças de roupas compradas em uma loja vizinha – onde Silvânia esteve anteriormente, também acompanhada pela filha -, com nota fiscal e recibo. Não foi encontrado o vestido que Maria Eugênia diz ter sido furtado, segundo a PM.

Para registro do caso, Silvânia afirmou ter passado por constrangimento e que pretende representar criminalmente contra a lojista por crime de calúnia – não de injúria, como publicado anteriormente pelo JPNews. O prazo para ingresso de ação judicial é de seis meses após o registro do fato.

A atleta, que conquistou medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em agosto deste ano, e é recordista mundial em salto em distância, possui deficiência visual causada por uma doença congênita. 

Por rede social, Maria Eugênia negou, nesta segunda-feira, a acusação feita por Silvânia. Disse que não cometeu crime de calúnia e que a contagem de peças levadas ao provador faz parte da regra de atendimento a clientes.

Leia a íntegra da postagem: "Pessoal peço a vocês que não me julgue pelo que sair aqui, a realidade só sabem quem presenciou, em momento nem um acusei ninguém de furto, a loja estava com outros clientes, tenho provas que não ofendi ninguém, mas sim fui ofendida o tempo todo, A loja é bem pequena 4×5 durante o ocorrido continuei atendendo outras clientes, ninguém deixou de comprar no momento, porque da minha parte não houve ofensas, tenho prova disso, Peço ao jornal imparcialidade nessa situação, a matéria que está no jornal é retirada da versão dela, peço que o jornal publique o meu depoimento também, mas informo que da minha boca não saiu ofensas, não pedi revista na bolsas de compras dela até porque essa bolsa não foi para o provador… A loja é nova no mercado, não sou daqui, mas sei o quanto os clientes precisam de bom atendimento, sei que prestei meu serviço com todo respeito e atenção que faço todos os dias, a loja tem regras de contar as peças junto com a cliente para entrar no provador e recontar junto com a cliente na saída, foi o que fizemos por duas vezes juntas, depois disso ela ficou transtornada, eu não sabia o que fazer e pedi ajuda a polícia, infelizmente essas situações pode ocorrer, não desejo para ninguém. peço a todos que não tirem conclusões com o que sai aqui, a realidade só quem viveu sabe. Pedi para não publicar porque é constrangedor para ambas, aqui só tem relatos possíveis de vocês saberem, só na justiça poderá ser concluído. Agradeço ao respeito de todos".

*Reportagem atualizada para correção de informação sobre tipo de crime. O erro permaneceu no ar entre 7h44 e 8h36 (MS).

*Reportagem atualizada para acréscimo de informações em 14 de novembro, às 7h31 (MS)