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Projeto Polêmico

Reajuste do subsídio dos vereadores divide opiniões na Câmara

Projeto reajustando salário do prefeito, vice, secretários e vereadores pode ser aprovado em dezembro

Antes de entrar no recesso de final de ano, a Câmara Municipal de Três Lagoas deve votar projetos de lei que reajustam os subsídios pagos ao prefeito, vice, secretários municipais e vereadores a partir de 2017.

Antes mesmo de o projeto entrar na pauta de votação, já se tornou polêmico e tem sido alvo de discussão. Na sessão ordinária desta terça-feira (23), alguns vereadores usaram a tribuna da Câmara para comentar sobre o assunto.

A vereadora Marisa Rocha (PSB) disse que é favorável ao reajuste porque há quatro anos os parlamentares recebem o mesmo subsídio. “Todo ano, secretários, magistrados, o Executivo têm o reajuste da correção da inflação, por que só o vereador não tem?”, questionou.

Marisa comentou que o salário do vereador é 50% do subsídio de um deputado. “A corda sempre arrebenta do lado mais fraco. Se é para mudar, vamos mudar lá em cima então. Não é justo eu me desvalorizar. Eu sei o meu valor. Eu trabalho, não estou brincando de ser vereadora.  A Câmara entra em recesso, mas pode ir lá em casa que estou trabalhando.

O subsídio do vereador em Três Lagoas é de R$ 10 mil. Com os descontos, segundo Marisa, ela recebe R$ 6,4 mil. “Qualquer classe que vier aqui, reivindicar o seu direito, pedir o aumento, dentro da lei, vai ter o meu apoio. Mas, também quero que me apoie porque estou dentro da lei”, declarou Marisa.

Segundo a vereadora, se querem reduzir gastos, tem que começar pelo repasse do duodécimo. “A economia tem que vir do repasse, não é salário que vai economizar”, declarou.

O vereador Antônio Empeke Junior, o Tonhão (PMDB), também é favorável ao reajuste. “Eu trabalho, nunca faltei em uma sessão. Se o problema aqui é economia, vamos economizar de outra forma. Acho que a população quer trabalho, resultado e respeito. É importante mencionar que não temos 13º salário, nem férias e nem verba indenizatória. O vereador ganha R$ 10.010 bruto, constitucionalmente” justificou.

O vereador Jorge Martinho (PSD) é contra. “O momento que o País está atravessando é de economia. Seria um contrassenso a Câmara aprovar um reajuste de subsídio para os seus membros, assim como para o prefeito e secretários, diante da atual conjuntura que o Brasil atravessa”, declarou.

A vereadora Sirlene da Saúde (PSDB) também disse que é contra o reajuste. A mesma opinião tem o vereador Gilmar Garcia Tosta (PSB). Nem todos os vereadores se manifestaram sobre o assunto.