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Preocupação

Número de acidentes vai a 200 em apenas um ano

Maioria acontece por distração ou imprudência, aponta levamento de bombeiros

Com a chegada das férias escolares e a proximidade das festas de fim de ano aumenta o número de acidentes domésticos em Três Lagoas. A preocupação é ainda maior, segundo o Corpo de Bombeiros, porque o índice de casos no município é considerado alto ao chegar a 200 ocorrências registradas somente neste ano.  

A quantidade corresponde a mais de 16 registros por mês, entre janeiro e a primeira quinzena de dezembro, segundo levantamento realizado  pelo 5º Grupamento de Bombeiros Militar. A maioria dos casos ocorre dentro de casa e, muitas delas, envolvendo crianças, já que estão no ambiente em se sentem mais a vontade. 

O subtenente do Corpo de Bombeiros, Josué Morais, pontua também a preocupação com idosos. “A maior parte dos acidentes costumam acontecer por distração ou imprudência. Por isso, é preciso se atentar com os detalhes, como um simples tapete, e objetos, como faca e garfo”, frisou. Ele observa ainda os brinquedos espalhados pelo chão, móveis com quinas ou de vidro. Também é comum ocorrerem queimaduras com ferro de passar roupa e panelas, além de intoxicações.

Em Três Lagoas, 152 moradores sofreram algum tipo de queda, dentro e fora de casa, e foram atendidos pela equipe dos bombeiros. Ganha destaque na lista de ocorrências 13 casos de queimaduras e choques elétricos e outros 13 de vazamento de gás. 

De acordo com os dados, divulgados ontem, se comparados com 2015, houve aumento de 30% no número de ocorrências atendidas e registradas. 

“Alguns cômodos da nossa casa são importantes e requerem cuidado maior, como sala cozinha e banheiro. Evite deixar a criança sozinha e tenha mais atenção com os idosos , principalmente, se eles enfrentam alguma dificuldade para caminhar. Cinco minutos de atenção podem evitar choro e tristeza”, conclui o subtenente. 

CENÁRIO

Dados do Ministério da Saúde mostram que no Brasil, na última década, houve uma queda no número de mortes em acidentes domésticos, mas a quantidade  ainda é preocupante.  Os principais chamados de socorro foram para riscos acidentais à respiração como, por exemplo, sufocação na cama, asfixia com alimentos e outros, seguidos pelos afogamentos e exposição à fumaça, ao fogo e às chamas.