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Três Lagoas

Cresce em 30% reclamações sobre invasão de caramujos em residências

Com a chegada do verão e período de chuvas casos aumentam

Com a chegada do período chuvoso a incidência de caramujos residências aumenta na cidade. Segundo o Setor de Educação em Saúde da Prefeitura de Três Lagoas em 2014, as reclamações e denúncias de infestação de caramujos cresceram 30% comparado a 2013.

Na cidade, a incidência é de caramujos africanos de nome científico Achatina fulica. Eles aparecem principalmente entre novembro e janeiro, após as chuvas, e se localizam embaixo de folhas, galhos, terra e vegetação em geral. Como são sensíveis ao sol, preferem locais sombreados.

O caramujo é um molusco oriundo da África, hermafrodita, pode pesar 200 gramas, e medir cerca de 10 centímetros de comprimento e 20 de altura, e viver por sete anos.

Sem predadores naturais no Brasil, e aliados à resistência e excelente capacidade de procriação desse animal, permitiram com que esse caramujo se adaptasse bem a diversos ambientes. Geralmente coloca 400 ovos por vez, duas vezes ao ano, os ovos são semelhantes ao tamanho da semente de um mamão. Eles se alimentam de material orgânico, como folhas, frutos e fezes de animais.

Em Três Lagoas, os bairros de Santa Luzia, Colinos, Interlagos, Alvorada e Jardim Primaveril têm apresentado alta incidência de infestação.

DOENÇAS

É por meio da alimentação que o animal é contaminado por vermes, ao ingerir fezes de roedores. Caso a pessoa tenha contato com a mucosa do caramujo pode contrair duas doenças:

Angiostrongylus costaricensis: responsável pela angiostrongilose abdominal, doença que provoca perfuração intestinal, de sintomas semelhantes aos da apendicite.

Angiostrongylus cantonensis: responsável pela angiostrongilíase meningoencefálica, de sintomas variáveis, mas muitas vezes fatal.

Não há registro da doença no Mato Grosso do Sul em 2014. O Rio Grande do Sul é o estado com maior índice de doenças procedentes de caramujos.

ORIENTAÇÕES

Para extermínio dos caramujos é recomendado que o próprio morador retire com as mãos o molusco, sem esmagar para não eliminar os ovos que também devem ser retirados, eles ficam semienterrados. É de extrema importância evitar o contato direto com as mãos. Recomenda-se o uso de luvas ou sacola plástica, para proteger a pele. Logo após de recolher o animal, ainda na sacola coloque cal, sal ou hipoclorito de sódio para eliminação total, depois jogue em um lixo comum. Lavar as mãos após o procedimento é fundamental.

Eles devem ser eliminados, pois a concha do caramujo pode acumular água, sendo um criadouro em potencial para os ovos do Aedes aegypti. Também existe caramujicida, veneno granulado para matar esses animais, encontrado em casas agropecuárias ou do tipo.

O coordenador de Educação em Saúde de Três Lagoas, Fernando Garcia Brito, informa que o Centro de Controle de Zoonose e Setor de Educação em Saúde está à disposição da população para informações e orientações.