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Sem previsão de pagamento, fornecedores da UFN 3 prometem protestos

Empresários se reuniram ontem na sede da Associação Comercial

Depois da resposta da Petrobras e da Sinopec de que não dispõem de dinheiro para pagar os fornecedores, empresários de Três Lagoas prometem realizar nos próximos dias novas manifestações, inclusive, bloqueando rodovias como a ocorrida no mês passado. Na manhã de ontem, os empresários se reuniram na sede da Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas para traçar novas estratégias que devem ser adotadas a partir de agora diante do posicionamento da estatal e da chinesa Sinopec, que integrava o Consórcio UFN 3 juntamente com a Galvão Engenharia.

Conforme divulgado na edição de ontem do Jornal do Povo, na última terça-feira foi realizada reunião com representantes da Petrobras e da Sinopec no canteiro de obras da Fafen, que contou com a participação da prefeita Márcia Moura e do presidente da Associação Comercial, Atílio D’ agosto. Os empresários esperavam a divulgação de um cronograma de pagamento aos fornecedores. Entretanto, durante a reunião, a estatal e a Sinopec informaram que não dispõem de recursos financeiros para pagar os fornecedores. Esse anúncio contrariou a posição anunciada pelas  duas empresas, que disseram que iriam honrar os compromissos contraídos com os empresários locais.

Durante a reunião de ontem, os empresários demostraram revolta e indignação com o posicionamento da Petrobras e da Sinopec, que além de dizer que não tinham dinheiro, também não deram nenhuma informação de quando ou se irão pagar ou não esses fornecedores. O Jornal do Povo entrevistou vários empresários que estavam no local, mas que pediram para não serem identificados,  os quais disseram que a situação de suas empresas é de situação crítica. Para um empresário, o Consórcio deve R$ 1 milhão e o não recebimento deste valor tem causado sérios prejuízos à sua empresa.

Outros empresários contaram que tiveram que demitir funcionários e que estão com a folha de pagamento atrasada, entre outros compromissos que não conseguem pagar. “Sem receber, os funcionários também não conseguem honrar seus compromissos, esta situação causa um efeito cascata que prejudica o comércio da cidade”, comentou um dos empresários.

Outros já até falaram na possibilidade de ingressar com ação na justiça para tentar receber seus créditos. Entretanto, a maioria, vai tentar sensibilizar a Petrobras através de manifestações e que se for necessário, farão uma por dia, bloqueando, inclusive, as  rodovias federais que cortam o município até que a Petrobras se posicione e apresente um cronograma de pagamento.

Segundo o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Três Lagoas, Atílio D’Agosto, a dívida do Consórcio UFN 3 com empresários locais, ultrapassa R$ 20 milhões.