Nem bem começou o ano e Três Lagoas já registrou um caso de leishmaniose. O infectado é do sexo masculino, com 66 anos de idade, morador do bairro São Carlos. A notificação aconteceu no dia 6, quando o paciente deu entrada no Hospital Auxiliadora e ainda continua em tratamento.
No ano passado, foram registrados 10 casos de leishmaniose e a maioria deles em crianças. Do tipo visceral, foram oito crianças: duas de nove meses; duas de dois anos; uma de três anos; uma de cinco anos; uma de nove anos e dois idosos de 60 e 66 anos. Dois do tipo tegumentar: dois homens de 37 e 56 anos.
Conforme informações da Secretaria de Saúde, o bairro com maior incidência de casos é o bairro São Carlos, com três pacientes; seguido pelos bairros Santos Dumont e Santa Rita, com dois casos, por fim aparecem na lista Vila Guanabara, Jardim Primaveril e Santa Luzia, todos com um registro da doença. A cidade contabiliza também três casos da doença, importados de outras cidades, Paranaíba, Brasilândia e Andradina.
Assim que é notificado um caso a Secretaria de Saúde realiza ações em torno da residência dos infectados, tanto da parte preventiva (humana do vetor e da população canina) e a curativa, além do bloqueio químico e manejo ambiental.
O tratamento para a doença depende da prescrição médica, geralmente são utilizadas três drogas para o combate, ficando à cargo do médico escolher a mais indicada para cada caso.
Geralmente crianças e idoso são os mais suscetíveis à doença, devido à imunidade, os jovens porque estão a adquirindo e idosos porque começam a perdê-la.
CÃES
Segundo o Centro de Controle de Zoonose de Três Lagoas, a cidade é endêmica em Leishmaniose, há mais de 15 anos. Em média, 200 animais são diagnosticados com a doença no município.
O setor de Vigilância Epidemiológica de Três Lagoas aguarda a confirmação por meio de exames de um caso de óbito pela doença, a vítima é uma criança de nove meses de idade.
LEISHMANIOSE
A Leishmaniose é uma doença infecciosa, porém, não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo, chamadas macrófagos. Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar.
As fontes de infecção das leishmanioses são, principalmente, os animais silvestres e os insetos flebotomíneos que abrigam o parasita em seu tubo digestivo, porém, o hospedeiro também pode ser o cão doméstico. A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue).
