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Alunos retornam às aulas no Estado e no município

Prefeitura não renovou contrato com empresa fornecedora de merenda

As aulas da Rede Municipal de Ensino (Reme) e da Estadual começam nesta quinta-feira. Mas,cerca de mil alunos da rede municipal de ensino oriundos da zona rural estarão impossibilitados de irem às aulas por falta de transporte escolar. Esses alunos estudam nas escolas da cidade, assim como nos distritos de Arapuá e Garcias. A prefeitura não renovou o contrato com a empresa que fazia o transporte escolar na zona rural, mas também não contratou outra para fazer esse serviço.

Segundo o secretário de Educação, Mário Grespan, a previsão é de que na próxima  segunda-feira, esses alunos tenham disponibilizado o transporte escolar. Mas, além dos alunos da zona rural que estarão impossibilitados de irem à escola nesta quinta e sexta-feira, cerca de 250 crianças de berçário não serão recebidas nos Centros de Educação Infantil nesta quinta-feira devido a falta de merenda escolar que estará disponível somente na sexta-feira.

O início do ano letivo da Reme estava ameaçado de não começar nesta quinta-feira, 19, devido à falta de merenda escolar. Conforme divulgado na edição de sábado do Jornal do Povo, a prefeitura não renovou o contrato com a empresa que preparava e fornecia a merenda escolar para os alunos da Reme.E, que a merenda ficaria este ano sob a responsabilidade das escolas e Centros de Educação Infantil.

Entretanto, os diretores se colocaram contra essa medida, neste momento, já que as escolas e CEIs não têm estrutura e nem utensílios para o preparo e fornecimento da merenda escolar para os alunos. Por conta desse fato, cogitou-se a possibilidade das aulas serem adiadas. No entanto, após reuniões realizadas neste final de semana, a prefeitura encontrou uma medida paliativa para não adiar novamente o início do ano letivo, que deveria ter começado dia 9 de fevereiro.

De acordo com Grespan, uma panificadora de Três Lagoas vai servir um lanche para as crianças e um restaurante a comida. Essa, segundo ele, é uma medida paliativa, um contrato emergencial, até que a administração municipal defina como ficará a questão da merenda escolar. Na tarde de ontem, o secretário se reuniu com os diretores para informá-los de como será distribuída inicialmente a merenda escolar e como será feito o transporte escolar, tudo, em caráter emergencial. Questionado se não houve planejamento, o secretário disse que não é esse o caso.  E que esses problemas ocorreram devido a mudanças em alguns setores administrativos da prefeitura, como o setor de licitação, entre outros.

Para a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinted), Maria Diogo, isso tudo evidencia falta de planejamento. “Continuo reafirmando que, para mim, esses fatos representam ineficiência e ineficácia da gestão pública. Não há outra justificativa, já que houve tempo hábil para que tudo fosse planejado desde o ano passado. Se houve rompimento de contrato ou não, a prefeitura teve tempo para resolver essa questão.  Se alguns setores não estão funcionando bem, que se troque e nomeie pessoas eficientes. A população não pode ser prejudicada por causa de algumas pessoas que respondem por algumas secretarias e pela própria prefeita”, declarou a presidente do Sinted, que também participou da reunião com os diretores das unidades escolares, ontem.