Veículos de Comunicação

Três Lagoas

Rógerson Rímoli concorre à presidência da Associação Comercial

"Não acho que a classe possa ser chamada de desunida, porque quando ele é chamado à luta, o comerciante responde", diz Rímoli

Na edição de hoje, os leitores vão conhecer um pouco mais do advogado e empresário, Rógerson Rímoli, que encabela a chapa I, na disputa pela diretoria da Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas. Na edição de ontem, o entrevistado foi o empresário Atílio D’ Agosto”, que disputa a reeleição. E, de maneira democrática, o Jornal do Povo abre espaço hoje para Rógerson Rímoli. A eleição para escolha da nova diretoria acontece nesta sexta-feira.

Jornal do Povo -Quem é Rógerson Rímoli?

Rógerson Rímoli- Tenho, 38 anos, sou filho do empresário José Paulo Rímoli e Idete Colombo Rímoli, a quem deve tudo na minha vida. Sou formado em direito pela Aems, com duas especializações, sempre voltada para a área empresarial. A primeira especialização fiz em direito processual em Araçatuba e a segunda na PUC de São Paulo, que foi em direito criminal e empresarial. Advoguei durante 15 anos e fiz parte de duas diretorias da OAB, em Mato Grosso do Sul. Nasci em Três Lagoas, e desde os meus 14 anos sempre trabalhei na Rímoli, empresa da nossa família. Desde criança, sempre participei de todas as ações e eventos da Associação Comercial, inclusive acompanhei a construção o prédio da entidade. Estava advogando, em Campo Grande e, em 2013, retornei para Três Lagoas para assumir a diretoria da Rímoli juntamente com meu irmão, acompanhados pelo meu pai.

JP- O que levou você colocar seu nome para concorrer a presidência da Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas ?

Rógerson- Quando eu retornei para Três Lagoas, em 2013, comecei a ser procurado por algumas lideranças, porque eu, entes de ir para capital, participei de diversas entidades na cidade. Participei de um Grupo chamado “GATI” – Grupos de Amigos por uma Três Lagoas Ideal- Realizamos a primeira limpeza na Lagoa, com o apoio, inclusive do Grupo RCN, do empresário Rosário, instalamos lixeiras na saída para o rio Sucuriú… Então, essas lideranças disseram que precisávamos voltar a contribuir com Três Lagoas. E, como tenho o sangue muito apurado para isso, resolvi amadurecer essa ideia. Confesso que fiquei muito honrado e feliz com esse convite, em representar e fazer alguma coisa pela sociedade de Três Lagoas.

JP- E qual a proposta da sua diretoria, caso eleita?

Rógerson- Pertentemos desenvolver campanhas, não só no final de ano, mas fora de época também. Por exemplo, no começo do ano, o comércio não tem tanto movimento, quanto dezembro. Então, nós precisamos criar mecanismos, para que o comércio se torne atraente. E, fomentar, não apenas o comércio no centro, mas os estabelecimentos localizados nos bairros também. Além disso, queremos criar mecanismos para recuperação de crédito para que o empresário possa renegociar com os seus devedores. Queremos que as instituições financeiras ajudem o comércio, até porque muitos não ganharam terreno da prefeitura e nem incentivos do governo do Estado, e estão aí com o suor do seu trabalho sustentando sua família e seu comércio. É importante fomentar a industrialização e continuar com os incentivos, mas não podemos descuidar dos comerciantes. Além disso, temos que buscar benefícios para os empresários e seus funcionários, inclusive com capacitação, treinamento e palestras. Incentivar o turismo local, entre outras.

JP- Como você analisa a situação do comércio diante deste cenário econômico atual e, caso eleito, o que a Associação Comercial pode contribuir para ajudar ?

Rógerson- É no momento de crise que temos de ter criatividade e debater os nossos problemas. Por esse motivo, é que a nossa chapa é bem democrática, com integrantes de diversos segmentos do comércio, pois o problema de um setor é diferente de outro. Por exemplo, no centro, temos comerciantes com problemas em relação a energia elétrica. No bairro, temos comerciantes com problema na rua que está intransitável, enfim, cada um tem um tipo de demanda. O cenário não está fácil, mas também se tivesse não estaríamos disputando a eleição, estaria muito tranquilo. É na época do mar revolto, que o marinheiro tem que trabalhar de verdade. O cenário não está fácil, mas nada que o comerciante guerreiro de Três Lagoas não consiga tirar de letra.

JP- Você espera aumentar o número de filiados na Associação Comercial?

Rógerson- Sim, primeiro vamos fazer uma campanha de refiliação, pois muitas pessoas saíram da associação e outra para atrairmos novos filiados. Às vezes, por falta de conhecimento, o empresário não é associado, ou pediu a desfiliação, mas a Associação é muito importante, o braço, a voz do empresário. Através da associação é que o empresário será ouvido. Outra questão, é que a Associação Comercial não tem sido lembrada pelas indústrias, por isso queremos fazer uma parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, para garantir que, o primeiro ato quando uma empresa vir solicitar terreno em Três Lagoas, seja associar sua empresa à Associação Comercial, como condições para a sua instalação.

JP- Na sua opinião, o comércio de Três Lagoas tem uma classe unida?

Rógerson- O comerciante de Três Lagoas é sofrido, porque levanta cedo, dorme tarde, fica o dia inteiro na sua loja e à noite, fica tentando fechar o caixa, cobrir contas… Esse é o comércio de Três Lagoas, é o que a gente vê em nossas visitas. Não acho que a classe possa ser chamada de desunida, porque quando ele é chamado à luta, o comerciante responde. Digo isso porque, quando a Associação Comercial foi fechada em 1.970, ou 1.980, os empresários se uniram e recriaram a Associação Comercial. Esses empresários, sem dinheiro e sem incentivo ergueram o prédio da Associação, que tem uma história de respeito.