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Para Fiems, desemprego é resultado de falta de controle da União

Para Longen, Governo precisa reduzir gastos para não penalizar setor produtivo

Na avaliação do presidente da Fiems, Sérgio Longen, o aumento do desemprego no setor industrial é resultado da falta de controle do Governo Federal com as contas públicas. “Realmente a indústria não passa por um bom momento, entretanto, o Governo Federal precisa fazer ajustes nos gastos públicos sob pena de a sociedade não conseguir mais arcar com essa pesada carga”, analisou ao comentar, durante a reunião da CNI (Confederação Nacional da Indústria), em Brasília (DF), a divulgação feita nesta terça-feira (28/04) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de que a taxa de desemprego medida mensalmente subiu para 6,2% no mês de março.

Ele destaca que a Fiems tem procurado construir ações das mais variadas, que vão desde os projetos de renovação dos incentivos fiscais até 2028 por parte do Governo do Estado até a busca incessante de novas oportunidades de instalações de empresas no Estado. “No entanto, esse quadro não tem evoluído porque as empresas estão evitando fazer grandes investimentos em decorrência da crise financeira pela qual passo País. Elas não têm como fazer investimentos em um país onde a economia está retraída, então, as empresas têm procurado rever os investimentos e a maioria está demitindo”, pontuou.

Sérgio Longen informa que as entidades representativas do setor produtivo estadual têm trabalhado junto à bancada federal do Estado para melhorar esse cenário, evitando que sejam transferidos para as empresas os gastos do Governo Federal. “Um exemplo disso é o Projeto de Lei nº 863/15, do Executivo, que reduz o benefício fiscal de desoneração da folha de pagamento, o qual foi batizado de Projeto de Lei do Desemprego. Esse Projeto demonstra que o Governo Federal não tem feito a parte dele para reduzir as despesas, pelo contrário, tem sido anunciado diariamente que o Governo vem mantendo suas despesas em níveis elevados”, ressaltou.

O presidente da Fiems acrescenta que está ficando mais caro produzir no Brasil, deixando os produtos nacionais menos competitivos e obrigando os consumidores a buscarem produtos importados. “Porém, como o dólar está caro, isso acaba gerando um equilíbrio. Na verdade, o que nós temos hoje na economia brasileira é um número elevado de pessoas desempregadas e um gasto desenfreado das contas públicas. Quando não tem como o empresário absorver os aumentos de impostos, a alta da tarifa de energia e do dólar, só nos resta transferir esse custo para os produtos. Isso faz com que o produto não venda e quando o empresário não vende os seus produtos tem de cortar gastos, reduzindo a produção e, consequentemente, demitindo os funcionários”, finalizou.