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Três Lagoas

Simone volta a defender retomada da UFN-III

A obra foi paralisada no final do ano passado, após a Petrobras romper o contrato com o Consórcio formado pelas empresas Sinopec Petroleum do Brasil e

Em discurso realizado na manhã de ontem, no Senado Federal, a senadora Simone Tebet (PMDB/MS), defendeu a retomada da construção da  Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN III), em Três Lagoas. A fábrica está com 82% da etapa de construção concluída. A obra foi paralisada no final do ano passado, após a Petrobras romper o contrato com o Consórcio formado pelas empresas Sinopec Petroleum do Brasil e a Galvão Engenharia, esta última, envolvida na Operação Lava Jato deflagrada pela Justiça Federal do Paraná.

A senadora em seu discurso na tribuna do Senado cobrou a retomada das obras da UFN III, bem como de todas as outras obras da Petrobras que foram paralisadas devido à crise que envolveu a administração da estatal. Simone também falou da importância da recuperação da Petrobras, uma das principais empresas do país.

A senadora sul mato-grossense lembrou que no mês passado em companhia do senador Waldemir Moka, esteve na sede da Petrobras, quando foram recebidos pelos diretores de Engenharia, Gás e Energia da Petrobras e cobraram um posicionamento da estatal sobre a retomada das obras. “Quero, a exemplo de Três Lagoas, tentar demonstrar aqui à população brasileira a importância da Petrobras para o Brasil e o efeito nefasto que essa crise dentro da empresa está causando, não só na geração de empregos, não só no desenvolvimento econômico, mas, principalmente em relação ao desenvolvimento social do país. Ao trazer para esta tribuna o exemplo de Três Lagoas, acredito que, com isso, estarei tratando de certa forma as mesmas questões de outros municípios brasileiros impactados pela paralização da Petrobras”, declarou Simone.

A senadora lembrou que, quando prefeita de Três Lagoas, em 2010, recebeu diretores da Petrobras solicitando a aquisição de uma área porque a Petrobras não podia desapropriar mais de 400 hectares, para construirmos a maior fábrica de fertilizantes nitrogenados da América Latina. “Adquirimos, com a ajuda do governo do Estado através de convênio e investimos mais de R$4 milhões nessa área”, lembrou.

Simone Tebet destacou que a fábrica de fertilizantes nitrogenados pode reduzir pela metade a importação de insumos para beneficiar o agronegócio brasileiro. O uso de fertilizante impacta em 30% o custo da produção de soja, por exemplo. Hoje, 75% dos fertilizantes consumidos no país são produzidos no exterior. “Essa obra paralisada vai causar um prejuízo incalculável ao Brasil. A fábrica vai reduzir a nossa dependência de importação de fertilizantes em até 50%”, disse Simone, que foi aparteada pelo senador Waldemir Moka (PMDB/MS), que reforçou a importância da conclusão da obra, bem como da fábrica para o país.

“Não é possível que não possamos concluir essa indústria. Primeiro que já foram feitos investimentos altos, e ela está com 82% da sua instalação, portanto, está praticamente concluída, e representa para o produtor rural o barateamento da sua produção. Os fertilizantes na produção agrícola, representam 30% do custo de produção de oleaginosas, como é o caso da soja”, reforçou Moka.

Durante o discurso, Simone Tebet informou que nesta semana apresentou requerimento de informações para que a Petrobras encaminhe ao Senado informações e cronograma, se é que existem, referente às previsões da estatal, especialmente em relação às obras paralisadas em todo o Brasil. Regimentalmente, a Petrobras está obrigada a responder o pedido de informações no prazo de 30 dias do seu recebimento.