A população de Três Lagoas reprova a postura do presidente da Câmara Municipal de Três Lagoas, Jorginho do Gás, que obrigava o seu assessor a devolver parte do seu salário para ele. Conforme divulgado na edição de ontem do Jornal do Povo, o assessor Antônio Siqueira, o Tonico, disse que recebia R$ 3,2 mil, mas era obrigado a devolver R$ 2 mil para Jorginho do Gás.
O aposentado Jesus Sanches Molina, de 73 anos, disse que, tanto o presidente da Câmara, quanto o assessor estão errados pela prática. “Um está errado por pedir e o outro por aceitar. O Jorginho está errado, ele é o presidente da Câmara e representante da população, poderia ser um deputado, mas com essa atitude não serve nem para ser um varredor de rua. Não concordo com essa prática, isso é corrupção. Ele [Jorginho] falava mal do Nuna, e agora faz um serviço desse”, comentou.
A operadora de caixa, Gisele Rodrigues, de 27 anos, também considerou um absurdo essa prática adota pela presidente da Câmara Municipal. “Esses vereadores já não fazem nada, e ainda pegam e tiram do coitado que precisam mais do que ele”, acrescentou a jovem. Já a professora Marlene Bezerra disse que não é surpresa quando se fala em corrupção, pois isso é a “cara do Brasil”. “Se isso realmente aconteceu, fico muito triste, mas tem que haver justiça, e não pode acabar em pizza e providencias sejam tomadas. Acredito que o Brasil ainda tem jeito, mas só depende de nós, em não ficar com os braços cruzados, aceitando tudo isso, temos que dar um basta. E nossa basta tem que ser nas urnas”, declarou a professora.
A dona de casa Valéria Barbosa Alves, de 33 anos, disse isso é errado e também não concorda com a atitude do presidente da Câmara Municipal. Na opinião dela, esse dinheiro poderia ser revertido para a área da saúde e educação.
Moradores também comentaram a denúncia através do Whatsapp da TVC – Canal 13. Um deles foi o morador da Vila Alegre, Valdenir Silva, que lamentou o ocorrido. “Realmente é muito triste para Três Lagoas, no ano do centenário, tantos problemas quanto à saúde, educação e lhe pergunto: Seria justo um salário tão alto para vereadores visto que os mesmos tem o dever de fiscalizar o que população precisa?”
MINISTÉRIO PÚBLICO
O Jornal do Povo esteve ontem na sede da promotoria para falar com o promotor de Justiça, Fernando Marcelo Lanza, sobre essa denúncia, mas foi informada de que ele está de férias. Na semana retrasada, Lanza disse ao JP que existe uma investigação sobre está denúncia em andamento, mas que para não atrapalhar as investigações, não poderia comentar e nem dar detalhes sobre o assunto.
