Salas da diretoria e secretaria administrativa da escola municipal, Marlene Noronha, no bairro Vila Verde, amanheceram, ontem, reviradas por desconhecidos caracterizando mais uma prática de vandalismo contra escola da rede municipal de ensino de Três Lagoas. Os vândalos arrombaram as dependências do estabelecimento de ensino, entraram em duas de suas salas, quebrando uma janela de vidro da secretaria, defecarem no local, deixaram um bilhete escrito pedindo R$ 1 mil em dinheiro.
Segundo a vice-diretora da escola, Sonilda Maria da Silva, a escola conta com sistema de monitoramento, porém não estava funcionando. Disse que o fato era previsível porque a escola estava sem vigia também e que as secretarias de Educação e Administração tinham conhecimento e nenhuma providência foi tomada. “É muito triste chegarmos para trabalhar e deparar com essa situação. Estávamos prevendo essa situação, tanto que a diretora procurou nossas autoridades, reivindicou um vigia, porque a escola já estava sem desde o dia 15, mas ninguém tomou providências”, disse a vice-diretora.
No ano passado, picharam o muro da escola, mas não ocorreu nada mais sério. Desta vez, arrombaram a escola, causando prejuízos nessas duas salas, inclusive, reviraram as gavetas e jogaram todos os materiais no chão. “É um descaso por parte da prefeitura em relação ao nosso patrimônio, que está esquecido por parte das nossas autoridades. Estamos indignados com o descaso com a nossa escola, com a educação, com a merenda escolar, com tudo”, desabafou a vice-diretora.
O Jornal do Povo entrou em contato com o secretário municipal de Educação, Mário Grespan, que informou ter encaminhado para a Secretaria de Administração a reinvindicação da direção da escola solicitando reposição de vigia e que providencias estariam sendo tomadas. Mário explicou que todas as solicitações que chegam até a Educação, são encaminhadas para os devidos departamentos e secretarias envolvidas.
DADOS
Este, no entanto, não é o primeiro caso de arrombamento registrado em escolas de Três Lagoas. No ano passado, inclusive, a escola Flauzina de Assunção Marinho, no bairro Santa Rita, foi incendiada. A prefeitura vai autorizar, inclusive, no próximo mês a reconstrução da escola.
Dados divulgados no início do ano pela Secretaria Municipal de Educação apontam que, por ano, é registrada uma média de 46 casos de arrombamento, furto e depredação nas escolas municipais. Além de atos de vandalismo, como quebra de vidros, arrombamento de portas, e pichações. O furto de computadores, impressoras e alimentos da merenda escolar, também é corriqueiro.
