O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps – AD) de Três Lagoas, unidade de saúde para atendimento a dependentes do álcool e outras drogas, atendeu, somente neste ano, 661 novos pacientes. O índice corresponde a 165,2 novos pacientes em busca de tratamento mensalmente em Três Lagoas.
De acordo com a coordenadora do Caps-Ad, Eliana Queiroz, além dos pacientes que deram entrada neste ano, a unidade prestou atendimento a 2.917 pacientes no ano passado. Muitos deles permanecem em tratamento até hoje.
Eliana explicou que, quando o paciente chega à unidade é feito o acolhimento. Em seguida, passam por atendimento médico, onde é feita uma triagem do paciente, para ser encaminhado à modalidade correspondente de tratamento, que podem ser diário, semanal ou mensalmente. Na unidade, os pacientes têm acesso, além do acompanhamento médico e psicoterapêutico, à café da manhã, almoço e participam de oficinas terapêuticas.
O álcool, uma droga lícita, porém, forte e viciante, é o que lidera o consumo dos pacientes em Três Lagoas. De acordo com a coordenadora, a maioria dos pacientes é do sexo masculino e possuem idade variada, dos 16 anos em diante. A segunda droga mais consumida entre os pacientes é o crack, informou Eliana.
O tratamento é constante, mesmo que o paciente tenha recaídas durante o processo, o que é normal para todo tipo de vícios, ele não acaba. “Alguns pacientes ficam meses, ou até anos sem participar das ações do Caps-AD, mas muitas das vezes voltam. Temos uma clientela flutuante, o tratamento é contínuo, não podemos afirmar que esse paciente que se ausentou, não irá mais voltar”, declarou a coordenadora.
FIOCRUZ
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Ministério da Saúde, e a Prefeitura de Três Lagoas, está realizando uma pesquisa referente ao 3º Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas pela População Brasileira.
O objetivo é estimar parâmetros epidemiológicos do uso de drogas na população três-lagoense de 12 a 65 anos, urbana e rural, de ambos os sexos. Os resultados da pesquisa servirão de parâmetros para criação de projetos em prol dessa população.
Conforme informações da prefeitura, uma equipe da Fiocruz, devidamente identificada, está fazendo o levantamento dos dados, entrevistas e coletas de dados são feitas nas residências determinadas pelos pesquisadores. A participação é voluntária e toda informação coletada é de caráter sigiloso.
