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Com a possibilidade da venda do HSBC, Sindicato já mobiliza manifestação

Sindicalistas já articulam manifestação para evitar demissão em massa

O Banco HSBC anunciou nesta terça-feira, que pretende encerrar suas atividades no Brasil e na Turquia, embora, manifeste intenção em manter uma participação no Brasil para atender aos grandes clientes corporativos. Para a presidente do Sindicato dos Bancários de Três Lagoas e Região, Thelma Regina Gomes Rocha Canisso, não existe nada de concreto ainda sobre o assunto. “Vamos aguardar a decisão do banco, já que existe a possibilidade de algum outro banco, que tenha agência nos municípios da região, comprar o HSBC”, afirmou Thelma.

Segundo a presidente, comenta-se que o Banco Bradesco teria feito a maior oferta, mas nada estava fechado.

Sobre possíveis demissões de funcionários, Thelma citou que a situação não pode ser descartada, porém, quando acontece de um banco comprar outro, é comum acomodar os funcionários em outras agências, ou transferi-los para outros municípios, evitando ao máximo as demissões. “Quando não tem como acomodar todos do quadro de funcionários, abre-se o plano de demissão voluntária”, citou.

O HSBC de Três Lagoas tem aproximadamente 27 funcionários, de acordo com Thelma. Nos demais municípios ligados ao Sindicato – Paranaíba, Cassilândia, Chapadão do Sul, Bataguassu e Aparecida do Taboado – são cerca de 70 funcionários. “Desde que recebemos um comunicado interno, há cerca de 20 dias, anunciando a possibilidade da venda do banco, já passamos a articular uma manifestação para evitar a demissão em massa”, explicou ela.

TRANSAÇÃO

Segundo informou a Agência Brasil, no comunicado do banco, a informação é que o HSBC quer aumentar seus investimentos na Ásia, principalmente na China e na região da Associação de Nações do Sul Asiático (Asean), por meio da expansão do gerenciamento de ativos e de seguros com foco nos mercados emergentes.

Com o encerramento das atividades no Brasil e na Turquia, o banco pretende economizar entre US$ 4,5 bilhões e US$ 5 bilhões até 2017, por meio do plano de reestruturação, que deve suprimir cerca de 50 mil empregos, dos quais 25 mil com o fim das operações do banco em ambos os países.

Ainda segundo a Agência Brasil, o anúncio foi feito cinco dias após o banco ter fechado o acordo com autoridades da Suíça, onde serão pagos 40 milhões de francos suíços – cerca de R$ 134 milhões – para encerrar as investigações de lavagem de dinheiro na filial suíça da instituição. De acordo com o promotor-chefe de Genebra, Olivier Jornot, o acordo resultou no maior confisco já feito pela corte da cidade suíça.

O banco declarou que nem a instituição nem seus funcionários são suspeitos de qualquer crime, mas pediu desculpas aos clientes e investidores pelas falhas do passado.

O HSBC da Suiça vinha sendo investigado desde fevereiro. Conhecida como Swissleaks, a investigação revelou documentos fornecidos por Hervé Falciani, ex-funcionário do HSBC em Genebra, ao jornal francês Le Monde e compartilhados com o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, que reúne profissionais de mais de 40 países.