Parte das 69 famílias do Assentamento 20 de Março, situado na BR-262, em Três Lagoas, já tem energia elétrica em seus lotes mas, alguns assentados ainda aguardam o benefício que atende o programa do Governo Federal ‘Luz para Todos’, que segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Três Lagoas, Jenir Neves Silva, era para ter sido concluído no fim do ano passado.
A presidente conta que, a companhia de energia elétrica Elektro informou à Associação dos Agricultores e Agricultoras Familiares do Assentamento 20 Março, que será realizado um mutirão até o próximo domingo, 14, para puxar energia da rede até os lotes que ainda não receberam, que são dos lotes 1 a 55. “Esta é uma luta de muito tempo. Tudo o que as famílias conseguiram de benefício foi por mérito próprio ou ajuda do Sindicato. Sempre que pedimos ajuda, acabamos com a porta na cara. Então, se a promessa feita, não for cumprida, os assentados prometem fazer manifestação”, desabafa Jenir.
Ela comentou que, dos lotes 1 a 55, do lado esquerdo da rodovia, apenas os de número 5, 12, 25 e 55 não terão a energia puxada, porque as residências do local são de madeira ou lona – uma vez que o projeto de eletrificação exige que seja de alvenaria, ou pelo fato de ainda não ter sido construída casa.
Jenir afirma que, do lote 56 a 69, situados do lado direito da rodovia, já contam com o benefício. “Apenas o lote 60 não teve a energia puxada, pois ainda não tem casa construída”, explicou ela.
O Assentamento 20 de Março, que existe desde 2009, acabou sendo renomeado desta forma, pois foi a data em que as famílias entraram na área. Na ocasião, conforme Jenir, um dos herdeiros da área rural criou resistência e tentou impedir o acesso das famílias, mesmo o Incra já ter liberado a emissão de posse.
URGÊNCIA
Durante a sessão na Câmara dos Deputados realizada nesta terça-feira, 9, o deputado estadual Angelo Guerreiro encaminhou à mesa diretora, pedido de urgência na extensão da rede elétrica do Assentamento, com expediente ao presidente da Elektro Eletricidade e Serviços S.A, Aquevirque Antonio Nholla, com cópia ao superintendente substituto do Incra, Sidnei Ferreira Almeida
Conforme destaca Guerreiro, no local vivem pequenos produtores, que necessitam da energia para fazer ração para os animais, além de pessoas doentes que não conseguem, ao menos, um copo de água gelada. E quando precisam, é necessário atravessar a rodovia para pedir ajuda aos vizinhos.
