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Prefeito de Paranaíba descarta inaugurar UPA

Outros três municípios vão devolver a Unidade de Pronto Atendimento

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Paranaíba não será inaugurada, segundo o prefeito de Paranaíba, Diogo Robalinho de Queiroz (Tita). Ele afirmou em entrevista ao Jornal do Povo que a obra é um “elefante branco e presente de grego”. Conforme Tita, outros municípios também querem fazer a devolução do projeto.

“Quem pensa no povo de Paranaíba tem que devolver a UPA. Eu conversei com a senadora Simone Tebet e a prefeita de Três Lagoas, Marcia Moura, e lá que é uma cidade que tem mais de 100 mil habitantes, duas vezes maior que nós, não está conseguindo manter a UPA. Temos que funcionar bem a Santa Casa, essa nunca vai fechar”, afirmou.

Outros municípios, segundo o prefeito, como Nova Andradina, Aquidauana e Ponta Porã também vão devolver a UPA. Para ele a construção da Unidade em Paranaíba é obra de prefeito analfabeto e que não tem noção de gestão.

“Por isso que Paranaíba se encontra nessa dificuldade toda, não se pode inaugurar nada naquele prédio a não ser a UPA. Estamos buscando uma alternativa judicial, junto com estes municípios, que sabem da inviabilidade da UPA”, concluiu. O recurso destinado para a construção foi de R$ 2,2 milhões.

De acordo com a secretária de Saúde, Ana Paula Souza Araújo, se a prefeitura tivesse de colocar recursos na UPA, não seria possível manter a verba de repasse para a Santa Casa.

Os recursos municipais destinados ao hospital beneficente mensalmente são de R$ 210 mil e a secretaria averiguou que, para manter a UPA, seria preciso gastar em torno de R$ 500 mil, embora o Estado e a União fossem responsáveis por ajudar no custeio.

Uma das exigências do Ministério da Saúde para que seja construída uma UPA é que haja população a partir de 50 mil habitantes. Caso o município decida devolver a unidade, o ministério informou que será preciso depositar todo o recurso federal investido nas obras.

As obras de construção da UPA de Paranaíba tiveram início em outubro de 2010 e foram concluídas dois anos depois.   Desde então, o prédio está fechado para atendimento. Para construir a unidade de saúde, uma quadra esportiva foi demolida, o que, na época, dividiu a opinião pública.

Em Três Lagoas, cidade vizinha com 111 mil habitantes. A UPA permaneceu fechada por mais de três anos – o prédio foi concluído e equipado em 2010 e a inauguração aconteceu somente em 2014.

Segundo Tita, o prédio não pode ter outra destinação, senão a UPA, por isso a administração busca uma solução na Justiça para poder dar outra função para o prédio.