A Empresa Serra Engenharia parou de executar os serviços de implantação da rede de esgoto em Três Lagoas. Contratada pela Sanesul, já emitiu aviso prévio de dispensa aos seus funcionários. A empresa, além de executar obras de implantação de rede de esgoto, estava obrigada contratualmente a fechar as valetas que abriu no asfalto de inúmeras ruas da cidade por onde passou a rede. No entanto, deixou abertas, sem dar uma previsão de quando seriam fechadas. Igualmente, não se sabe quais as providências que a prefeitura tomou para penalizar a empresa ou a Sanesul pelos estragos feitos na malha viária da cidade.
A Serra Engenharia, além de não ter feito reparos no asfalto onde abriu valetas, executou de forma precária o serviço de recomposição do asfalto, que mal compactado, ficou desnivelado com o leito da rua. O Jornal do Povo esteve no escritório da empresa, mas o encarregado disse que não poderia se pronunciar sobre o assunto, e que a reportagem deveria entrar em contato no escritório em Campo Grande. O JP tentou falar com o responsável pela empresa, mas ele não retornou os telefonemas da redação.
SANESUL
A reportagem procurou o novo gerente da Sanesul em Três Lagoas, Gilmar Tabone, que disse não poder falar sobre o assunto, e que essa obra não era de responsabilidade da empresa. O mesmo foi dito pela assessoria da Sanesul em Campo Grande, que remeteu a reportagem do JP para a Secretaria Estadual de Infraestrutura.
Embora, Gilmar Tabone tenha dito que essa obra não é de responsabilidade da Sanesul, é fato que a fiscalização da execução da obra sempre esteve sob a responsabilidade da estatal, já que a contratação da execução da obra é da empresa de saneamento. Antes de Gilmar assumir a gerência, inclusive, a Sanesul já havia notificado a Serra Engenharia para que ela tomasse providências em relação a essas obras no município.
O JP entrou em contato também com a Secretaria Estadual de Infraestrutura que, em nota, informou que, a empresa contratada não tem cumprido o cronograma pactuado, além de deixar alguns serviços primordiais sem sua execução, sendo estes fatos, entre outros já devidamente notificados pela Agesul. Ainda segundo a secretaria, medidas mais drásticas estão sendo tomadas pela atual administração para que se regularize a situação, e a obra venha a ter o seu desenvolvimento adequado o mais breve possível. A Prefeitura de Três Lagoas, por sua vez, não informa quais as providências que adotou para que a cidade não fique esburacada.
