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Opinião

EDITORIAL: O mínimo que se espera

O episódio da iluminação pública evidencia a falta de planejamento administrativo

A Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul) classificou como “calamitoso” o estado financeiro dos municípios em todo o Brasil diante de tantos cortes orçamentários, os quais desestruturam as expectativas para a realização de obras para as mais diversas finalidades. A Confederação Nacional de Municípios (CNM), calculaque os municípios brasileiros perderam R$ 121,4 bilhões entre 2008 e 2014, fora, o rombo com a queda de impostos diante da atual recessão que atola o país e já causou mais de 8,5 milhões de desemprego.

As perdas de arrecadação estão acarretando a suspensão de obras em todo o país. Somente em Três Lagoas, sete obras estão paralisadas por conta de cortes em recursos financeiros pelo governo federal. Juntos, esses projetos, alguns iniciados, outros, ainda no papel, somam R$ 9,3 milhões, sendo R$ 3,1 milhões em contrapartida do município.

São obras de drenagem, pavimentação asfáltica e até mesmo o esperado Centro de Convenções de Três Lagoas, que é reivindicado há anos.

No entanto, esses cortes ainda não são causas das maiores reclamações da população. Efetivamente, o que a população da cidade  reclama é a deficiência na prestação de serviços em setores da saúde, educação, limpeza pública, entre outros, e na falta de diálogo com os segmentos organizados da sociedade civil, os quais impulsionam a cidade, mas, quando procuram a administração ouvem um sonoro não, não dá, enfim, uma saraivada de negativas. E, diante de tanto não, em vez de se estabelecer um clima de otimismo, estabelece-se, clima de pessimismo. 

A falta de capacidade para ouvir, analisar, discutir e encaminhar uma decisão em um ambiente de serenidade eharmonioso,deu lugar a interlocução de pessoas despreparadas, que estão incrustadas na administração pública, imbuídas em criar mais dificuldades do que apresentar soluções que cada caso requer, sem contar o proveito da situação que querem tirar. Além do mais, adotaram o hábito de disseminar a cizânia, que faz corar de vergonha e constrangimento pelo menos, aqueles têm consciência de como deve ser conduzido os assuntos públicos.  

Todos estão cientes de que se o poder público municipal não cortar despesas e adotar condutas praticadas pelo setor privado, mais dificuldades terão que ser enfrentadas. Cortes para contenção de despesas devem e têm que ser feitos, sob pena, de sucumbir mais ainda a gestão pública, que precisa ser planejada para obter resultados positivos. 

Entretanto, a impressão que se tem é que falta planejamento. As consequências da imprevisão acabam por afetar drasticamente a população que, aos poucos, diante das deficiências que aponta começa a perder a autoestima, que deve embalar todos na crença de que somos positivamente uma cidade diferenciada em relação a centenas de outras que, sequer têm às perspectivas que Três Lagoas apresenta diante do desenvolvimento industrial que se concretiza a cada dia. O episódio da iluminação pública evidencia a falta de planejamento administrativo. Esperou-se para depois do  último prazo estabelecido pela Aneel para que a Elektro entregasse para o município a manutenção da rede pública de iluminação, e depois, de várias ruas ficarem mais de mês às escuras, então, resolveu a administração municipal  propor ação civil pública. Medida que outros municípios já haviam adotado, para se tentar uma decisão em favor da municipalidade. Enquanto nada havia sido feito ou proposto, preferiu-se deixar ruas e ruas às escuras, até decisão judicial que veio em socorro do povo, determinou que a Elektro reassumisse esse serviço. 

No setor de limpeza pública não foi diferente. O contrato com empresa privada que prestava o serviço de manutenção de limpeza na área central da cidade e na sua praça principal praça, venceu, e nova licitação sequer havia sido providenciada. E, transcorridas semanas, celebrou-se convênio com o Conselho da Comunidade, que indicará trinta pessoas em cumprimento de pena por delito praticado para executarem esse serviço. A solução veio, mas precedida por um período com a suspensão de um serviço considerado essencial.   A sensação que se tem é que a administração municipal não tem feito outra coisa, senão apagar um incêndio alí e outro acolá.   A pergunta que fica é seguinte: será que é só recurso que falta para se antever a alguns problemas? Ao elencar fatos concretos, fazer observações é bom que se diga que não se pretende polemizar e muito menos fazer critica destrutiva. Mas, despertar para a gravidade do momento, quando se percebe que a pauta da administração pública municipal é mais negativa do que positiva. A percepção popular está em alta indicando elevado nível de reprovação. Esses níveis no indicador de opinião pública, retratam um descontentamento generalizado da população, que quer ver melhorado o desempenho administrativo com mais trabalho e qualidade nos serviços que o município presta aos seus cidadãos.A Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul) classificou como “calamitoso” o estado financeiro dos municípios em todo o Brasil diante de tantos cortes orçamentários, os quais desestruturam as expectativas para a realização de obras para as mais diversas finalidades. A Confederação Nacional de Municípios (CNM), calculaque os municípios brasileiros perderam R$ 121,4 bilhões entre 2008 e 2014, fora, o rombo com a queda de impostos diante da atual recessão que atola o país e já causou mais de 8,5 milhões de desemprego.

As perdas de arrecadação estão acarretando a suspensão de obras em todo o país. Somente em Três Lagoas, sete obras estão paralisadas por conta de cortes em recursos financeiros pelo governo federal. Juntos, esses projetos, alguns iniciados, outros, ainda no papel, somam R$ 9,3 milhões, sendo R$ 3,1 milhões em contrapartida do município.

São obras de drenagem, pavimentação asfáltica e até mesmo o esperado Centro de Convenções de Três Lagoas, que é reivindicado há anos.

No entanto, esses cortes ainda não são causas das maiores reclamações da população. Efetivamente, o que a população da cidade  reclama é a deficiência na prestação de serviços em setores da saúde, educação, limpeza pública, entre outros, e na falta de diálogo com os segmentos organizados da sociedade civil, os quais impulsionam a cidade, mas, quando procuram a administração ouvem um sonoro não, não dá, enfim, uma saraivada de negativas. E, diante de tanto não, em vez de se estabelecer um clima de otimismo, estabelece-se, clima de pessimismo. 

A falta de capacidade para ouvir, analisar, discutir e encaminhar uma decisão em um ambiente de serenidade eharmonioso,deu lugar a interlocução de pessoas despreparadas, que estão incrustadas na administração pública, imbuídas em criar mais dificuldades do que apresentar soluções que cada caso requer, sem contar o proveito da situação que querem tirar. Além do mais, adotaram o hábito de disseminar a cizânia, que faz corar de vergonha e constrangimento pelo menos, aqueles têm consciência de como deve ser conduzido os assuntos públicos.  

Todos estão cientes de que se o poder público municipal não cortar despesas e adotar condutas praticadas pelo setor privado, mais dificuldades terão que ser enfrentadas. Cortes para contenção de despesas devem e têm que ser feitos, sob pena, de sucumbir mais ainda a gestão pública, que precisa ser planejada para obter resultados positivos. 

Entretanto, a impressão que se tem é que falta planejamento. As consequências da imprevisão acabam por afetar drasticamente a população que, aos poucos, diante das deficiências que aponta começa a perder a autoestima, que deve embalar todos na crença de que somos positivamente uma cidade diferenciada em relação a centenas de outras que, sequer têm às perspectivas que Três Lagoas apresenta diante do desenvolvimento industrial que se concretiza a cada dia.   O episódio da iluminação pública evidencia a falta de planejamento administrativo. Esperou-se para depois do  último prazo estabelecido pela Aneel para que a Elektro entregasse para o município a manutenção da rede pública de iluminação, e depois, de várias ruas ficarem mais de mês às escuras, então, resolveu a administração municipal  propor ação civil pública. Medida que outros municípios já haviam adotado, para se tentar uma decisão em favor da municipalidade. Enquanto nada havia sido feito ou proposto, preferiu-se deixar ruas e ruas às escuras, até decisão judicial que veio em socorro do povo, determinou que a Elektro reassumisse esse serviço. 

No setor de limpeza pública não foi diferente. O contrato com empresa privada que prestava o serviço de manutenção de limpeza na área central da cidade e na sua praça principal praça, venceu, e nova licitação sequer havia sido providenciada. E, transcorridas semanas, celebrou-se convênio com o Conselho da Comunidade, que indicará trinta pessoas em cumprimento de pena por delito praticado para executarem esse serviço. A solução veio, mas precedida por um período com a suspensão de um serviço considerado essencial.   A sensação que se tem é que a administração municipal não tem feito outra coisa, senão apagar um incêndio alí e outro acolá.   A pergunta que fica é seguinte: será que é só recurso que falta para se antever a alguns problemas?Ao elencar fatos concretos, fazer observações é bom que se diga que não se pretende polemizar e muito menos fazer critica destrutiva. Mas, despertar para a gravidade do momento, quando se percebe que a pauta da administração pública municipal é mais negativa do que positiva. A percepção popular está em alta indicando elevado nível de reprovação. Esses níveis no indicador de opinião pública, retratam um descontentamento generalizado da população, que quer ver melhorado o desempenho administrativo com mais trabalho e qualidade nos serviços que o município presta aos seus cidadãos.