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Três Lagoas

Com dólar em alta três-lagoenses deixam de viajar para o exterior

Procura por pacotes aéreos para destinos nacionais aumentaram no primeiro semestre de 2015

Com a cotação do dólar de R$3,44, a mais alta em valor nos últimos 12 anos, o setor de turismo em Três Lagoas é atingido. Com o valor da moeda em alta, muitos três-lagoenses deixaram de comprar pacotes aéreos para Estados Unidos e Canadá. A maioria dos clientes está optando por destinos litorâneos e nacionais, aponta a proprietária de uma das agências de turismo da cidade, Lilian Mancini.

Conforme explicou a empresária, as pessoas se programam, geralmente, seis meses antes de viajar. “Se compram um pacote turístico em dezembro é porque querem viajar em julho do próximo ano”, conta.

A empresária afirma que a quantidade de pacotes vendidos no segundo semestre de 2014 foi maior que os vendidos até julho deste ano.  “Houve uma redução significativa, de aproximadamente 40%, no volume de vendas entre julho e dezembro de 2014 e janeiro a julho deste ano”, finaliza.

A maioria dos pacotes fechados pelos três-lagoenses para as férias do próximo verão é para destinos nacionais. “A maioria vai para a região Sul do Brasil, em especial Santa Catarina, praias do Nordeste e litoral norte de São Paulo”.

O empresário Luís Gonzaga, proprietário de outra agência do segmento, ressalta que apesar da diminuição das vendas no primeiro semestre deste ano, os três-lagoenses não perderam a vontade de viajar para o exterior e sim, pouparam mais. “Não só os clientes daqui, mas o de todo o país gastaram menos neste período. A economia aconteceu em todos os segmentos, não apenas no turismo”, relata.

Conforme o proprietário, a diminuição das vendas de pacotes turísticos não se limita a América do Norte. “As pessoas estavam preferindo economizar a gastar com viagem, por isso a procurar por destinos nacionais também foram afetados”.

A previsão é que a economia do ramo volte a aquecer a partir de agosto. “As companhias aéreas estimulam a compra de viagens internacionais com promoções em alguns pontos turísticos”.

Gonzaga aponta também que a procura por destinos europeus e região do Caribe não foram tão afetados como Estados Unidos. “O valor do euro oscila muito menos que o dólar e destinos como Paris e Londres nunca saem de moda. É claro que o valor do dólar influencia nas vendas, mas não totalmente”, arremata.