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Três Lagoas registra 34 casos suspeitos de leishmaniose, um deles foi confirmado

Município está entre as 15 cidades do Brasil e única do estado, selecionada pelo Ministério da Saúde para participar de pesquisa de combate a doença

Três Lagoas já notificou 34 casos de leishmaniose humana neste ano no município, segundo informou a Secretaria Municipal de Saúde Pública. Desses casos um foi confirmado como positivo.

O pacientes de sexo masculino, e de 66 anos infectado com a doença é morador do bairro Parque São Carlos, ele realizou tratamento no Hospital Auxiliadora e passa bem.

Os agentes de endemias realizam o trabalho de borrifação em áreas estratificadas, ou seja, em locais que já possuíram casos de leishmaniose em humanos, sempre que notificado um novo caso. No mês passado a prefeitura intensificou o trabalho nas residências dos bairros: Vila Piloto, São Carlos, Vila Maria, Carioca e Guanabara.

PESQUISA

Três Lagoas está entre os 15 municípios do Brasil e único do Mato Grosso do Sul selecionado pelo Ministério da Saúde para receber Pesquisa de Avaliação de Efetividade do Uso de Coleiras com Deltametrina, usada em cães, no combate à Leishmaniose. A cidade foi escolhida para a avaliação inédita, devido o alto índice de casos registrados de Leishmaniose em cães e também, porque possui ações e toda a estrutura física e técnica para a realização do estudo.

Participaram da pesquisa dois mil animais dos bairros Guanabara, São João e Vila Piloto, metade dos cães receberam a coleira com Deltametrina, usada em cães, no combate à Leishmaniose, e outra não.

A pesquisa funciona para ver se com o encoleiramento diminui a quantidade de animais positivos pra doença testando assim a eficácia da coleira. O estudo está na fase de recolhimento dos objetos, e posteriormente a coleta de sangue para averiguar os resultados.

COLABORAÇÃO

Um das medidas para prevenção da doença é borrifação realizada pelo setor de Endemias, da Secretaria Municipal de Saúde de Três Lagoas. Porém, os agentes solicitam a colaboração da população, para concretizar do trabalho, pois alguns proprietários de imóveis estão se recusando em atender os agentes de endemias, no trabalho de borrifação das casas para eliminar focos do mosquito fêmea do flebótomo, transmissor da Leishmaniose. Sem conseguir entrar nas residências, o trabalho de eliminação do foco do mosquito transmissor, fica prejudicado.

ESTADO

Um caso da doença foi confirmado, no começo deste mês de leishmaniose visceral humana, na cidade de Dourados, o paciente também é do sexo masculino. No estado até o mês passado 63 casos da doença foram notificados. Em 2014, o munícipio registrou 181 notificações da leishmaniose humana, em Mato Grosso do Sul.

Nessa semana, uma reunião foi realizada em Campo Grande para debater os casos de leishmaniose, na capital, com autoridades municipais e o doutor em ciência animal, Francisco Alves. Segundo Francisco, a cidade está entre os quatro municípios do país com maior número de casos de leishmaniose em humanos, juntamente com Fortaleza (CE), Araguaína (TO) e Belo Horizonte (MG).

O doutor em ciência animal informou que neste ano foram registrados 55 casos de leishmaniose em humanos, e pelo menos nove bairros vivem uma endemia da doença. A estimativa é que 20% dos cães da capital estejam infectados com a doença. Francisco diz ainda, que em torno de 400 pessoas morrem de leishmaniose por ano no Brasil. Além disso, cerca de 10% dos que são diagnosticados com a forma grave da doença vão a óbito.